Não é exagero nenhum afirmar que Dejan Petkovic é o maior camisa 43 da história do futebol mundial. Um craque que atingiu um raríssimo patamar de idolatria para a Maior Torcida do Mundo e não há quem abra a boca para negar que, sim, este meia que saiu de Majdanpek, na Iugoslávia – hoje, Sérvia -, para encantar uma Nação a milhares de quilômetros de distância. Nesta terça-feira (10), cada rubro-negro celebra o aniversário de 47 anos deste craque.
Petkovic nasceu em 1972 e, desde pequeno, seguiu os passos do pai e do irmão, que foram jogadores. Em seu país natal, se destacou pelo Estrela Vermelha, onde ganhou o apelido de “Rambo”. Uma coincidência o ligaria ao seu futuro: virou ídolo no clube sérvio cujo estádio se chama Marakana – em homenagem ao Templo do Futebol. Teve início de carreira meteórico e foi contratado pelo Real Madrid. Sua passagem pela seleção iugoslava foi atrapalhada pela Guerra da Bósnia – Pet estava entre os convocados para a Eurocopa de 92, mas seu país foi banido da competição a poucos dias do pontapé inicial.
O craque foi muito elogiado no Real, mas não conseguiu se firmar. Sua nacionalidade era um problema: na época, as regras para estrangeiros eram diferentes. Sem espaço no futebol espanhol, Petkovic rodou até chegar na terra que o consagraria. Assinou com o Vitória-BA em 1997 e, em dois anos, virou ídolo. O Flamengo finalmente o trouxe em 2000.
Conhecido pelo gênio difícil e por não fugir de polêmicas, Pet chegou na época da “SeleFla” – tempo em que o clube tinha astros que não se entendiam fora de campo e menos ainda dentro dele. O sérvio foi um dos poucos a sobreviver ao turbilhão de polêmicas e se consagraria no ano seguinte.
Em 2001, foi protagonista de uma das maiores histórias da riquíssima trajetória do Flamengo no futebol brasileiro. Seria necessária uma outra matéria para descrever tudo o que aconteceu naquele 27 de maio, mas cada rubro-negro conhece bem a história: o gol praticamente impossível que garantiu o Tri Carioca e eternizou o 43 na numerologia rubro-negra. O gênio mostrou que aquilo não foi acaso: poucas semanas depois, repetiu o golaço, agora contra o São Paulo, na final da Copa dos Campeões.
Sua trajetória já seria memorável se sua saída do clube, no final de 2002, fosse definitiva. Mas o futuro ainda guardava momentos felizes para esta união entre Flamengo e Petkovic.
Sete anos depois, no meio de 2009, Pet já não era um garoto. Aos 36 anos e com passagens apagadas por vários clubes brasileiros, acabou voltando ao Flamengo. O plano era que o sérvio nem jogasse: ele só estava ali pelo pagamento de uma dívida. Mas a qualidade nunca o abandonou e, aos poucos, ele foi reconquistando espaço. Nas costas, a camisa 10 de outros tempos – que fazia jus à sua classe – deu espaço ao número eterno: 43.
E foi com o 43 que Petkovic conduziu o Mais Querido a outro título improvável. Com passes que desafiavam a física, gols olímpicos e assistências fundamentais, o craque voltou a brilhar. Em 2009, em 6 de dezembro, “O Gol do Angelim no escanteio que o Pet cobrou”. E lá estava ele levantando a taça do Hexa. Após mais de 10 anos de Brasil, a sinceridade: “não aprendi português o suficiente para achar palavras para descrever a torcida do Flamengo”.
Sua despedida dos gramados, em 2011, foi recheada de emoção. Um mosaico com a bandeira da Sérvia se transformou com as cores da Nação Rubro-Negra.
Por cada alegria que já proporcionou a mais de 40 milhões de pessoas, Dejan Petkovic é, merecidamente, considerado um dos maiores da história do Flamengo. Parabéns e obrigado por tudo, Pet!
Fonte: https://colunadofla.com/2019/09/e-o-pet-idolo-rubro-negro-completa-47-anos-nesta-terca-feira/
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