Um novo avanço na construção do estádio do Flamengo foi divulgado nesta terça-feira (09). Segundo informações publicadas no Diário Oficial, a Prefeitura do Rio de Janeiro definiu o valor mínimo para o leilão do terreno do Gasômetro. De acordo com o órgão municipal, os interessados poderão dar lances a partir de R$ 138,1 milhões. Além disso, o documento confirma a desapropriação de uma área de 86,5 mil m², anteriormente pertencente a um fundo de investimentos administrado pela Caixa Econômica Federal.
O Diário Oficial também destaca a exigência de que o estádio tenha capacidade mínima para 70 mil espectadores. No entanto, essa demanda não representará um obstáculo, uma vez que o clube planeja erguer uma arena com capacidade para 80 mil pessoas, conforme revelado pelo presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, em uma recente entrevista.
Para a efetivação da construção do estádio, o Flamengo terá que cumprir uma série de diretrizes estabelecidas pela Prefeitura do Rio de Janeiro, conforme publicado no Diário Oficial. No total, serão 11 pontos que o Rubro-Negro deverá seguir na construção de sua casa própria. Confira abaixo as principais exigências que o clube terá que atender:
– Elaboração de um plano de mobilidade urbana que promova o uso de transporte coletivo e facilite o acesso de pedestres nas proximidades. O projeto deverá contemplar obrigatoriamente o acesso de veículos de transporte individual de passageiros pelas vias internas do bairro de São Cristóvão. O acesso pela Avenida Francisco Bicalho, uma das vias mais importantes da cidade, será proibido;
– Implementação preferencial de sistemas de captação e reutilização de água da chuva para irrigação de gramados e uso em banheiros. Além disso, será necessário utilizar dispositivos de baixo consumo de água nos banheiros e vestiários;
– Criação de áreas temáticas ao redor do estádio, como museus interativos e zonas de jogos, conhecidas como “Zonas de experiências”;
– Disponibilização de calçadas largas e acessíveis, juntamente com ciclovias que conectem o estádio a áreas residenciais e comerciais próximas;
– Estabelecimento de um sistema eficiente de coleta seletiva e reciclagem de resíduos, bem como a criação de áreas de docas para coleta de lixo;
– Integração de painéis solares e outras fontes de energia renovável, além da implementação de estratégias que envolvam a compensação de carbono;
– Utilização de iluminação LED de alta eficiência e sistemas automatizados de controle para reduzir o consumo de energia;
– Inclusão de vegetação no projeto, como jardins verticais e, preferencialmente, telhados verdes, visando melhorar a qualidade do ar e reduzir a temperatura ambiente;
– Desenvolvimento de um plano de alcance social que considere os impactos nas populações e comunidades do entorno, priorizando a contratação de mão de obra local, programas de qualificação profissional e iniciativas de educação esportiva e cultural;
Algumas pessoas expressam preocupação em relação ao termo “leilão”, pois isso sugere a possibilidade de concorrência. No entanto, internamente, o Flamengo tem conhecimento de que os outros três principais clubes da cidade não participarão da disputa, seja por questões financeiras ou pela clareza do edital em relação à destinação do terreno do Gasômetro para a construção de um estádio.
Atualmente, o Flamengo aguarda a votação na Câmara dos Vereadores para a aprovação do projeto de lei que autoriza o clube a utilizar o potencial construtivo. O clube conta com o apoio do vereador Marcos Braz, que também é vice-presidente de futebol do Flamengo e integra a Frente Parlamentar sobre o tema. Dessa forma, o clube utilizará a sede da Gávea como forma de reduzir os custos da construção do estádio.
Enquanto avança no processo de construção de sua própria arena, o Flamengo renovou a concessão do Maracanã por mais 20 anos. Isso significa que o Rubro-Negro poderá continuar jogando no Templo Sagrado enquanto sua nova casa é construída.
Publicado em colunadofla.com
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