Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo, propõe a criação da ‘Lista Suja do Racismo no Futebol’

Em virtude dos recorrentes episódios de racismo no futebol brasileiro, o ex-presidente do Flamengo e atual deputado federal, Eduardo Bandeira de Mello, apresentou um Projeto de Lei que será submetido a votação. A proposta visa estabelecer um cadastro nacional de equipes que tenham sido penalizadas por atos de racismo.

Nesse sentido, o Projeto de Lei 1069/2025 sugere a criação da ‘Lista Suja do Racismo no Futebol’. A iniciativa tem como objetivo coibir a discriminação no esporte, assegurando maior transparência e punições mais severas para os clubes envolvidos em incidentes de racismo.

Em síntese, segundo o projeto, as instituições e clubes que forem incluídos na lista ficarão proibidos de firmar contratos com o poder público por um período de dois anos. Além disso, não poderão receber patrocínios governamentais, subvenções ou benefícios fiscais. Por fim, a inclusão no cadastro será condicionada à existência de uma decisão condenatória em processo administrativo, judicial ou da justiça desportiva.

Além das sanções, a proposta estabelece um canal de denúncias que garantirá a segurança e o anonimato dos denunciantes. Ademais, prevê a divulgação das ações que os clubes adotarem para combater o racismo e conscientizar seus torcedores.

‘Infelizmente, o futebol brasileiro ainda é palco de episódios de racismo, e as punições aplicadas até hoje têm se mostrado ineficazes. O objetivo desse projeto não é apenas penalizar, mas induzir mudanças culturais profundas no esporte, incentivando os clubes a adotarem medidas concretas de conscientização e combate ao preconceito’, destacou Bandeira de Mello.

Em resumo, a proposta de Eduardo Bandeira de Mello também prevê que os clubes possam ser retirados da lista antes do término do prazo de dois anos, caso comprovem a implementação de ações efetivas no combate à discriminação.

‘Essa não é uma medida apenas punitiva, mas também educativa e transformadora. Queremos que os clubes sejam agentes ativos no combate ao racismo, promovendo um futebol mais inclusivo e respeitoso. O futebol é paixão nacional e deve ser um ambiente de união, não de exclusão. Com essa medida, damos um passo importante para garantir que o racismo não tenha espaço dentro e fora dos campos’, concluiu Bandeira de Mello.

Vale ressaltar que a proposta de Eduardo Bandeira de Mello, neste momento, tramita na Câmara dos Deputados. Outro aspecto que merece atenção é que a ideia do ex-presidente do Flamengo surgiu logo após os mais recentes casos de racismo no futebol.

Isso se deve ao fato de que, durante o sorteio da fase de grupos da Libertadores da América, o presidente da Conmebol, após um longo discurso sobre os casos de racismo na competição, fez uma declaração racista. Na ocasião, Alejandro Domínguez afirmou que a principal competição do continente sem os clubes brasileiros seria

Publicado em colunadofla.com

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