O planejamento para o uso do elenco do Flamengo em 2017 até agora evitou lesões musculares, mas não os desfalques. As perdas alternadas provocaram oscilação no desempenho e queda técnica, evidenciada em jogos decisivos, como na derrota para o Atlético-PR.
Apesar de apenas duas derrotas no ano, a proximidade de finais, como a do Estadual domingo, contra o Fluminense, e a quinta rodada da Libertadores, na quarta-feira, contra a Universidad Católica do Chile, tornam urgentes o maior número de opções de bom nível para o técnico Zé Ricardo.
Na ausência de Diego, não há reposição à altura. Conca chegou para jogar no segundo semestre, e Ederson se aproxima do retorno, mas sem pressa. Mancuello, que começou o ano pela ponta, caiu de produção e não teve chance no meio. O jeito foi improvisar Trauco, que quebrou galho, mas não resolve. A meta é recuperar Everton, que não conseguiu voltar após torcer o tornozelo. Gabriel é a única solução original para a ponta.
A maioria das baixas se deu por traumas em jogadores. Outras ausências foram um misto de queda técnica e física. Embora os trabalhos preventivos tenham sido feitos em vários atletas, apenas Romulo, Everton e Mancuello desfalcaram o time na Libertadores por estarem defasados. O zagueiro Donatti também seria baixa, mas se recuperou e ficou no banco contra o Atlético-PR quarta-feira. Suspenso na competição, Berrío só volta contra o San Lorenzo, mas deve ser reforço contra o Fluminense. O técnico Zé Ricardo aposta no elenco.
– Acho que nosso elenco está em todas as condições de suprir essas ausências. Vamos buscar voltar a vencer, não só para buscar o título carioca, mas a classificação dessa primeira fase – avaliou, dando voto de confiança a quem é utilizado.
– Vamos precisar aproveitar todo nosso elenco. Hoje (quarta-feira) foi uma prova disso, perdemos o Everton em cima da hora. Prova que temos um grupo que, independente de quem jogue, estará pronto – emendou.
Jovens pouco usados na Libertadores
Os desfalques sucessivos e importantes não foram suficientes para os jovens talentos do Flamengo ganharem muitas chances na Libertadores. Matheus Sávio, que atuou os dois jogos contra o Atlético-PR, foi o único. Promessas como Lucas Paquetá e principalmente Felipe Vizeu ainda não deram o ar da graça na competição internacional.
O jovem centroavante ficou no banco contra o San Lorenzo, na estreia. No segundo jogo, diante da Catolica no Chile, nenhum jovem esteve entre os suplentes. Já na terceira partida, contra o Atlético-PR, Matheus Sávio representou a garotada, e entrou no lugar de Diego. O jovem também atuou em Curitiba.
O último jogo de Vizeu foi contra o Fluminense, no dia 4 de abril, quando entrou no segundo tempo. São nove jogos até agora na temporada, a maioria contra clubes pequenos, no Estadual. Matheus Sávio atuou sete vezes. Assim como Lucas Paquetá. Este, por outro lado, só foi relacionado na Libertadores uma vez, contra o Atlético-PR, no Maracanã.
Entenda a circunstância de cada baixa até agora na temporada:
Conca, Ederson e Thiago Santos – casos pós-cirurgicos, de longo prazo.
Gabriel – dores musculares;
Réver e Berrío – poupados por cansaço, desgaste revelado nas avaliações. Continuavam treinando no campo, porém em alguns momentos em separado;
Rômulo – ficou fora por dores na panturrilha. Após fortalecimento local e recondicionamento físico, voltou aos trabalhos.
Donnati – saiu por prevenção, por dores musculares. Voltou no último jogo e ficou no banco.
Everton – entorse, que é devido a um trauma direto ("pancada").
Desfalques não programados por jogo na Libertadores:
San Lorenzo: –
Universidad Católica: Mancuello
Atletico-PR: Romulo, Everton, Mancuello, Berrío,
Atlético-PR: Everton, Diego, Berrío.
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