Um tempo de ampla superioridade do Flamengo, outro de mais presença do Santos. Colocando na balança o tamanho do domínio de um e de outro, a vitória do Flamengo já seria plenamente justificada. No entanto, a vantagem de dois gols foi selada com um gol de Cuéllar a três minutos do fim, quando o rubro-negro tinha dificuldade de sair de seu campo e o fim de jogo já parecia bom negócio. Os 2 a 0 da Ilha do Urubu dão certo conforto para a volta, dia 26 de julho, na Vila Belmiro.
A impaciência reinante no futebol brasileiro chegou a criar uma convicção de que, com Zé Ricardo, o Flamengo seria incapaz de jogar bem. Quando, a rigor, mais justo seria dizer que, em 2017, ainda não atingira a evolução imaginada ou desejada. Ou dizer, ainda, que nos últimos jogos a equipe, de fato, atuara mal. O primeiro tempo desta quinta-feira, contra o Santos, mostrou 30 minutos de um time com muitas virtudes, especialmente na construção de jogadas, etapa do jogo em que o rubro-negro vinha tendo muitas dificuldades.
Significa que Zé Ricardo encontrou a forma de jogar e que o Flamengo entrará em franca evolução? Impossível dizer, já que futebol não é ciência exata e, no Brasil, treina-se pouco e joga-se muito. Mas foi possível vislumbrar um caminho, um padrão mais elevado.
Claro que a passividade defensiva do Santos, especialmente na falta de pressão sobre a saída de bola do Flamengo, facilitava as coisas. O fato é que o time de Zé Ricardo gerou situações perigosas das mais diferentes formas. Em dois lançamentos longos quando o Santos adiantou sua defesa, Éverton e Diego encontraram Berrío duas vezes. Em ambas, Vanderlei defendeu, numa delas em milagre. Com Pará buscando um corredor mais central, exatamente como Zé Ricardo dissera que pretendia em sua entrevista pré-jogo, saiu a tabela do lateral com Berrío e o cruzamento para Guerrero finalizar mal. E numa circulação de bola que foi á frente, retornou à linha de zaga e permitiu a Réver encontrar Guerrero, saiu o gol. O peruano deu toque sutil para Éverton fazer belo gol, aos 27 minutos.
O ritmo de um jogo que, por vezes, virou um ir e vir sem pausa, obrigou o intenso Flamengo a respirar. Por vezes, a movimentação de Lucas Lima criou certa confusão defensiva, mas não permitiu ao rival chances reais de gol.
Fonte: https://oglobo.globo.com/esportes/em-casa-flamengo-vence-santos-pela-copa-do-brasil-21532835
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