Por Tauan Ambrosio
Na última segunda-feira (19) você pôde saber, com exclusividade, algumas das dificuldades iniciais que Paulo César Carpegiani enfrentou desde que chegou ao comando do Coritiba. O treinador, que vem ajudando o clube paranaense a se afastar da zona de rebaixamento, terá nesta quarta-feira (21) um novo desafio.
Às 21h45, o Coxa enfrenta o Belgrano, da Argentina, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana. E o bom momento alviverde na temporada pode ajudar o clube a manter aceso o sonho de conquistar um troféu continental.
“Uma coisa repercute na outra. Estamos em igualdade de todas as demais, porque são jogos eliminatórios. É uma competição diferente, e nós temos possibilidades sim”, afirmou Carpegiani, em entrevista exclusiva. E apesar de conviver com um elenco recheado de desfalques por causa de lesão, o treinador garante que vai escalar o que tiver de melhor.
(Foto: Divulgação/Coritiba)
“Eu não tive o grupo principal todo na mão ainda. Seria uma incoerência da minha parte dizer que vou colocar outros para jogar. Se eu não formatei nem uma equipe titular ainda, por causa dessas dificuldades, o objetivo é colocar sempre os melhores. Machucou, paciência. Temos jogadores importantes machucados, mas vamos colocar aquilo que temos de melhor. Jogo após jogo”.
(Foto: Divulgação/Coritiba)
Palavra de quem possui muita experiência no comando de equipes em torneios continentais. Em mais de trinta anos de profissão, Carpegiani já esteve na beira do campo em jogos de Copa do Mundo, Copa América e Eliminatórias com a Seleção Paraguaia; Copa Mercosul com o São Paulo e Libertadores com o Tricolor Paulista, Bangu, Cerro Porteño… e Flamengo. O maior título de sua carreira à beira do campo, aliás, veio no ano de seu debute como treinador do Rubro-Negro.
Carpegiani estreou como técnico do Flamengo contra o Olímpia, na Libertadores de 1981 (Foto: Reprodução)
Em 1981, o Flamengo treinado por Carpegiani teve o melhor ano de sua história (Foto: Reprodução)
Mas há quem insista que Paulo César Carpegiani teve sorte de ter em mãos um time com Zico, Júnior, Andrade, Adílio, Leandro, Nunes e muitos outros. Essa mesma sorte acaba, muitas vezes, tirando o foco do bom trabalho que aquele profissional, que pouco antes jogava ao lado dos craques citados, fez para montar o time que colocaria o Flamengo no topo do continente e do mundo.
“Eu montei aquele time. O Adílio não era titular, treinava em separado; o Tita não era titular, nem o Raul. A defesa não era a do Mozer e Marinho. Os meus dois pontas eram Chiquinho Carioca e Baianinho”, relembra. “Eu não peguei de mão beijada, eu fui construindo e formatando aquele time. Todo mundo acha que eu herdei aquilo de mão beijada. Eu troquei cinco seis, mais de metade do time e conseguimos formatar aquela equipe que foi campeã mundial”.
Fonte: https://esportes.yahoo.com/noticias/em-clima-sul-americana-carpegiani-102016179.html
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