A Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico (Agernesa) destacou-se no início da semana ao exigir uma ‘obra extra’ do Flamengo no terreno do Gasômetro. O órgão estatal argumenta que o clube da Gávea precisa realocar tubulações localizadas em uma área de 3 mil metros quadrados onde o novo estádio será erguido.
Toda a estrutura é de propriedade da Companhia Estadual de Gás do Rio de Janeiro (CEG), atualmente denominada Naturgy, após a fusão com a empresa espanhola Unión Fenosa, em 2009. Contudo, segundo a Agernesa, é o Flamengo que deve arcar com os custos associados ao manuseio. Ademais, o órgão também afirma que a construção pelo clube só poderá ser iniciada após a execução da ‘obra extra’.
O prefeito do Rio declarou, em setembro de 2024, que a responsabilidade dos custos de transferência das instalações da CEG é da Prefeitura. ‘A Prefeitura sabe que essa estrutura não pode estar em uma área que já vem recebendo tantos edifícios residenciais, está nos nossos planos há tempos’, afirmou Paes em uma rede social, na ocasião. No entanto, em dezembro, a Prefeitura revisou sua posição e anunciou que é o Flamengo que deverá custear a ‘obra extra’ relacionada às tubulações.
A Naturgy ocupa cerca de 13 mil metros quadrados do terreno, sendo uma concessionária de serviço público essencial, com um contrato ativo até 2027, com possibilidade de renovação. Assim, o edital do leilão estabelece que o Flamengo é responsável pelos custos da remoção das tubulações de gás na área do Gasômetro.
Diante desse obstáculo já previsto, a nova gestão do Flamengo solicitou um novo estudo de viabilidade econômica para a construção do estádio. Além disso, o presidente Luiz Eduardo Baptista (Bap) também pediu à Prefeitura do Rio o adiamento da assinatura do termo final do acordo para a aquisição do terreno do Gasômetro. Enquanto isso, o Rubro-Negro aguarda informações detalhadas sobre toda a situação que envolve a área adquirida, para prosseguir com os planos de construção do estádio.
Publicado em colunadofla.com
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