Era Bandeira de Mello terá o 14º técnico no Flamengo em seis anos de gestão

A era Eduardo Bandeira de Mello no Flamengo tem dois pontos bem marcantes em seis anos de gestão: a quantidade de eliminações em competições e a rotatividade de treinadores. Após somar a 16ª queda, ao perder para o Corinthians na semifinal da Copa do Brasil de 2018, o cartola demitiu Maurício Barbieri, na manhã desta sexta-feira. Agora, o presidente procura o 14º comandante quase no fim do seu mandato, que finaliza no dia 31 de dezembro de 2018.

Barbieri não resistiu à eliminação para o Corinthians na Copa do Brasil e deixou o clube após 39 partidas, com 19 vitórias, 12 empates e oito derrotas. Detalhe: ele foi o segundo treinador do Rubro-negro só nesta temporada, já que ele passou de interino a efetivado após a saída de Paulo César Carpegiani, que deixou o time após queda para o Botafogo na semifinal do Campeonato Estadual do Rio.

Em 69 meses de gestão, a média de permanência de cada comandante é um pouco acima de cinco meses. Dos 13 técnicos da era Bandeira de Mello, dez foram demitidos, dois pediram para sair e um se afastou por problema de saúde (Muricy Ramalho, em 2016). Quem mais durou no cargo foi Zé Ricardo, que ficou cerca de 15 meses, sendo demitido em agosto de 2017.

Oito treinadores no primeiro triênio

Para o seu primeiro triênio, Bandeira de Mello foi eleito em 3 de dezembro de 2012 com 1.414 votos. O cartola assumiu o Flamengo, em janeiro de 2013, com Dorival Júnior como técnico, ainda da gestão Patricia Amorim. Não durou nem três meses e foi substituído por Jorginho, o primeiro técnico escolhido pela gestão de Bandeira de Mello. O ex-jogador não teve sucesso e foi demitido logo no começo do Campeonato Brasileiro, em junho de 2013.

Ao longo do período entre 2013-2015, foram oito treinadores que passaram com a atual gestão. Além de Dorival Júnior e Jorginho, Mano Menezes, Jayme de Almeida (campeão da Copa do Brasil de 2013), Ney Franco, Vanderlei Luxemburgo, Cristóvão Borges e Oswaldo de Oliveira ficaram no banco da equipe da Gávea.

Seis técnicos na última parte da gestão

Com a reeleição certa, Bandeira de Mello investiu em um dos treinadores mais renomados do Brasil para ajudar o Flamengo a buscar títulos: Muricy Ramalho. O vitorioso técnico chegou ainda na pré-temporada de 2016, com expectativa para um trabalho de médio a longo prazo. Porém, Muricy só comandou o clube até a primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Com problema de saúde, uma arritmia cardíaca, deixou o time em maio.

Foi então que Zé Ricardo, campeão da Copinha de 2016 com Flamengo, assumiu de forma interina o time. Meses depois, foi efetivado e levou o Flamengo à Copa Libertadores. Conseguiu conquistar o Campeonato Carioca de 2017, de forma invicta, mas sofreu com a pressão de ter sido eliminado na Copa Libertadores ainda na primeira fase. Não resistiu e foi demitido em agosto de 2017.

Bandeira foi buscar na Colômbia outro treinador de peso para ajudar o Rubro-negro, que ainda brigava pela Copa do Brasil e a Copa Sul-Americana: Reinaldo Rueda. Com o colombiano, a equipe chegou às finais da duas competições, mas terminou como vice-campeão das duas. Depois de cinco meses, o treinador pediu para sair e assinou com a seleção chilena.

Logo, Carpegiani e Barbieri vieram na sequência, fechando em cinco os treinadores que deixaram o clube no segundo triênio, faltando o nome do próximo técnico para fechar a era em 14 comandantes em seis anos.

Fonte: https://extra.globo.com/esporte/flamengo/era-bandeira-de-mello-tera-14-tecnico-no-flamengo-em-seis-anos-de-gestao-23109655.html

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