O time não foi bem, a carência na zaga é evidente, Juan é um craque se aproximando do estágio “ex-jogador”. Trauco é 8 atrás e 80 na frente, Guerrero tem imensa dificuldade de chutar, metade do elenco carrega inexplicável sobreconfiança no passe. Ninguém entendeu a razão de poupar o goleiro titular contra um potencial candidato ao rebaixamento, ao mesmo tempo em que foi a decisão mais correta do ano fazer a despedida de um goleiro ídolo contra outro potencial candidato à disputa da Série B – a diferença é que agora foi fora de casa, e daquela vez a gente ganhou. Ainda não enfrentamos nenhum peixe grande no Brasileiro.
Tudo isso é verdade. Assim como o fato de que Flamengo poderia ter 13 pontos e liderar, isoladamente, o campeonato.
5 rodadas, até agora, e com 1 minuto de Brasileirão o Flamengo já vencia. Aos 10, jogava com um a menos porque seu atleta tomou uma bolada no rosto e foi expulso. Pênalti e gol do adversário, que pouco fez na partida. Mais um dos aqui chamados “potencial candidato ao rebaixamento”. Aí o Mengo venceu 3 jogos e foi pegar a Chapecoense, lá, nesse domingo de dia das mães.
1 a 1 no placar, Flamengo melhor; Juan saiu jogando errado, Guilherme puxou a camisa de Jonas, que respondeu tocando a mão em seu ombro. Guilherme parou de correr. Não caiu, não se jogou, não cavou a falta, não buscou a continuidade da jogada, nada. Guilherme freou o movimento, dentro da área. Hoje, isso é mais do que suficiente para que se apite penalidade máxima ante o Flamengo. Com aval do auxiliar da linha de fundo, professor Vuaden encheu o peito para apitar. Fez o gesto, na hora, puxando a própria camisa – de semelhança impressionante com a ação de Guilherme sobre Jonas. Porém marcou o oposto, com adendo.
Com adendo, pois a primeira punição aplicada, após a confirmação do pênalti, foi um cartão amarelo mostrado a Léo Duarte. Isto feito, o árbitro se afastou, recebeu informações, e – voilà – cartão amarelo para Jonas. Anulou o de Léo Duarte? Não. Alegou que o advertiu por reclamação – que houve, sem exagero e repleta de razão.
Interessante constatar que o pênalti foi apitado com muita convicção, ingrediente que faltou na hora de punir o infrator. “O jogador do Flamengo claramente puxou o adversário… só não sei qual jogador”.
Aí o Flamengo fez 10 pontos de 15 possíveis, enfrentando oponentes não dos mais difíceis, no Campeonato Brasileiro. Poderiam ser 13 pontos, não fossem erros de arbitragem contra o nosso clube. Na Libertadores, o Flamengo volta a campo quarta-feira – em casa, contra o Emelec – com a possibilidade de garantir a classificação por meio de qualquer vitória. Poderia já estar classificado. O River Plate teve um gol mal validado, no Engenhão; houve um pênalti não marcado para o Flamengo naquela partida. Vencemos o Emelec, no Equador, superando o desprezo por uma penalidade absurda a nosso favor. Na Colômbia, até entendo que o Santa Fe tenha sido mais danificado que nós. Ainda assim, para compensar a não marcação de um pênalti para eles, o professor encerrou o jogo com nosso atacante entrando livre na área, segundos antes de marcar o gol da vitória. Cena não vista no futebol desde 1978. A tal história de “hoje prejudicado, amanhã beneficiado” ainda não chegou por aqui, de forma plena, em 2018. Falta uma metade de considerável importância para que a máxima possa ser aplicada.
Não há bastidor forte na Gávea. O Flamengo é dos poucos que vota contra o convencional da CBF; no entanto, se abstém de reuniões e tem como principais manifestações de desgosto as entrevistas pós-jogo do presidente Eduardo Bandeira de Mello. Na CONMEBOL, é mais um dentre os brasileiros reféns do legado de Nicolás Leoz.
Aos Traucos e barrancos, o Mengão ainda lidera por aqui e vai dar um sacode, quarta-feira, pra tirar a zica da fase de grupos. Lotaremos de novo o Maracanã, enfim pela Libertadores. E pode marcar o que quiser: o apito inimigo a gente vai silenciar no grito.
Reprodução: Marcos Almeida | ESPN
Fonte: http://colunadoflamengo.com/2018/05/espn-arbitragem-e-o-principal-adversario-do-flamengo-em-2018/
Share this content: