Estádio próprio: Landim revela detalhes de projeto do Flamengo para terreno do Gasômetro

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O Flamengo tem intensificado os projetos para a construção de um estádio próprio no Gasômetro. No entanto, uma série de burocracias para conseguir um terreno no local dificultam o desenvolvimento do desejo da diretoria rubro-negra. Por isso, o presidente Rodolfo Landim explicou detalhes de como ‘andam’ as negociações com os responsáveis para dar seguimento à compra de um terreno no espaço.

Em entrevista ao jornalista Mauro Cezar Pereira, do ‘UOL’, Rodolfo Landim explicou que o terreno desejado pelo Flamengo faz parte de uma série de outras propriedades que foram compradas pela prefeitura do Rio de Janeiro. No entanto, o volume de recursos que o governo estadual precisava era muito maior, algo em torno de R$ 4,5 bilhões, e os espaços não geravam esse lucro.

Dessa forma, o prefeito Eduardo Paes encaminhou para a câmara dos vereadores uma mudança permitindo até 50 pavimentos nos terrenos, o que valorizou o local automaticamente. Entretanto, isso não foi adiante como se esperava e não houve o retorno econômico. Sendo assim, essa é a situação do espaço que o Flamengo deseja comprar para a construção do estádio próprio.

O Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) aplicou cerca de R$ 5 bilhões no Porto Maravilha, mas os prejuízos atingem R$ 4,2 bilhões. Dessa forma, o patrimônio líquido despencou para R$ 730 milhões. Sendo assim, o Flamengo pode usar a situação como ‘aliada’ para a compra do terreno.

— Exatamente (sobre o Fla explorar a necessidade do Fundo). Se eles tinham um plano de negócio, estão valorando os ativos aportados por algo muito menor, pois ninguém consegue mostrar a eles um projeto que traga o retorno que esperavam. Isso pode ser um argumento para que o Flamengo traga um projeto novo, saindo um novo valuation (análise do valor de um ativo) para aquela área, no mínimo reduzindo o enorme prejuízo – explicou Rodolfo Landim, antes de revelar detalhes da estratégia da diretoria rubro-negra:

A minha tese é a seguinte: existem inúmeros terrenos ali. Se o clube tiver um deles, valorizaria os demais que estão eu volta, seria a chance de fazer decolar a região, com o surgimento de todo um complexo comercial, shopping, hotéis, etc. Foi esse o argumento que comecei a utilizar nas conversas com o pessoal da Vinci Partners. Mas eles estão ali querendo maximizar o retorno e isso o Flamengo não deseja -, finalizou.

Além de resolver a situação com o FI-FGTS, o projeto do Flamengo precisa passar pela Caixa Econômica Federal. Dessa forma, Landim explicou que iniciou uma aproximação com os representantes do banco. No entanto, a abordagem inicial era pedindo o estudo de viabilidade técnica e econômica para o Rubro-Negro ser um parceiro. O clube, dessa forma, não aprovou a ideia, já que drenaria o dinheiro do Fla.

Houve a mudança de governo e não havia alguém já efetivado à frente da Caixa. Esperamos então a mudança do grupo de gestão, o novo presidente da Caixa (Carlos Antônio Vieira Fernandes) foi empossado (dia 9 de novembro), fui à posse e estamos tentando uma reunião com ele para a semana que vem. Existe uma previsão de troca dos vice-presidentes da Caixa, então poderemos aprofundar as conversas, utilizando a tese do Flamengo, que é real –finalizou.

Enquanto a diretoria tenta resolver as pendências do terreno do Gasômetro, o elenco rubro-negro se prepara para entrar em campo. Isso proque, na próxima quinta-feira (23), o Flamengo enfrenta o Red Bull Bragantino, pela partida adiada da 30ª rodada do Brasileirão. No Maracanã, as equipes medem forças a partir das 21h30 (horário de Brasília). Como manda a tradição, o Coluna do Fla transmite o embate, ao vivo, no YouTube.

Fonte: https://colunadofla.com/2023/11/estadio-proprio-landim-revela-detalhes-de-projeto-do-flamengo-para-terreno-do-gasometro/

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