Zé Ricardo completou 50 jogos oficiais no comando do Flamengo na partida de estreia da Libertadores – 29 vitórias, 13 empates, 9 derrotas. O aproveitamento, de 66%, coloca o jovem treinador no hall de grandes nomes do clube na história. Após uma temporada de 2016 de consolidação, o técnico começa a nova jornada valorizado pela torcida, que ainda, diante de um atuação ou outra abaixo da média, exibe sinais de desconfiança. Entre os comentários nas redes, o treinador costuma ser carinhosamente chamado de estagiário.
O trabalho dentro e fora de campo, porém, dão a Zé Ricardo total respaldo interno de diretoria e do grupo de jogadores. Com o elenco na mão, o comandante rubro-negro mantém suas convicções e, quando vacila, recua e repensa as ideias. A estreia do Flamengo na Libertadores foi a de Zé Ricardo na competição como profissional. No discurso motivador e embasado do técnico, o elenco se une em prol de seu líder e de suas ideias, na alegria e na tristeza.
Ultimamente, o sorriso de Zé Ricardo é uma constante. São 18 jogos invictos, 11 vitórias e sete empates. A décima melhor sequência invicta do clube. A última foi em 2011, com 21 partidas, 15 vitórias e seis empates.
– Já? É surreal alcançar essa marca – disse o treinador, surpreso, ontem no Ninho do Urubu, ao ser avisado do número.
Aos 45 anos, Zé ainda tem muito caminho pela frente. Mas já alcança números que recentemente só haviam sido atingidos por Andrade na campanha do hexacampeonato brasileiro. O aproveitamento acima de 60% é marca para poucos, como Joel Santana, Vanderlei Luxemburgo e grandes treinadores do passado de glórias, como Fleitas Solich, Flavio Costa e Claudio Coutinho.
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