Após os excessivos gastos da SAF Botafogo em 2024, a questão do Fair Play Financeiro voltou a ser amplamente discutida no Brasil. Em linhas gerais, as normas estabelecem que os clubes não devem exceder 73% de suas receitas com despesas relacionadas ao futebol. Segundo um estudo da Sports Value, apenas seis times no país estariam em conformidade com essa recomendação, sendo o Flamengo um deles, com base nos balanços divulgados por cada clube no ano anterior.
O Flamengo lidera a lista dos clubes mais cumpridores das regras do Fair Play Financeiro, tendo gasto 62% de suas receitas no ano passado. Isso significa que houve uma ‘sobra’ de 11%. O Rubro-Negro é seguido por Athletico-PR, Santos, Cuiabá, Corinthians e Internacional. A perspectiva é de que o Corinthians, com seus investimentos pesados e diversas dívidas, não permaneça na lista com os balanços de 2024.
De acordo com a Sports Value, os clubes que mais descumpriram as normas do Fair Play Financeiro em 2023 foram Botafogo (acima de 100%), Bahia (acima de 100%), América-MG (95%), Vasco (94%) e Atlético-MG (89%). É provável que os dois primeiros também estejam entre os ‘fora das regras’ em 2024, devido aos altos investimentos realizados nesta temporada.
Recentemente, Flamengo e Palmeiras têm realizado reuniões com diversos clubes em defesa da implementação do Fair Play Financeiro no futebol brasileiro. Esta semana, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, mais uma vez pediu a revisão das normas no país.
— *Se eu for reeleita (no Palmeiras), eu vou conversar de uma forma muito séria sobre o Fair Play Financeiro no Brasil. Isso tem que ser visto urgentemente, porque é injusto. O Palmeiras paga tudo em dia e disputa com clubes que não pagam absolutamente ninguém, mas contratam não sei como. Aliás, eu não sei como o atleta vem para um clube que sabe que não vai receber. Sabe que o salário dele se paga de seis em seis meses. Poxa, não é possível* — disse Leila, que está alinhada com Rodolfo Landim neste assunto.
Publicado em colunadofla.com
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