Ex-árbitros concordam com pênalti marcado para o Flamengo contra o Fluminense

O Flamengo saiu vitorioso, porém o Fluminense se viu em lágrimas. No último domingo (23), o Rubro-Negro superou o rival por 1 a 0, com um gol de Pedro, convertendo um pênalti. A decisão da penalidade dentro da área causou indignação na equipe das Laranjeiras, resultando em desabafos dos jogadores e do técnico Fernando Diniz. No entanto, ex-árbitros que hoje atuam como comentaristas concordaram com a marcação da falta em Bruno Henrique aos 40 minutos do segundo tempo.

— *Lance mais discutível da rodada. No lançamento do Léo Pereira, o Calegari tem uma movimentação na linha lateral e acho que ele é surpreendido pela movimentação do Bruno Henrique. Tem uma ação com o braço do Calegari, mas também do Bruno Henrique. É um contato de jogo (do Bruno Henrique no Calegari), não há infração* — afirmou Paulo Cesar Oliveira, no Sportv.

— *O Calegari é surpreendido pela chegada do Bruno Henrique e há o contato entre os dois jogadores. No meu ponto de vista, é um contato de jogo, ambos usando o braço. Na queda, ele acerta o Bruno Henrique, sem querer, mas de maneira imprudente. Há o pênalti* — acrescentou o PC.

Outra ex-árbitra que atualmente atua como comentarista, Renata Ruel, dos canais ESPN, compartilhou uma opinião semelhante à de seu colega Paulo Cesar Oliveira. Para ela, Bruno Henrique não cometeu falta e Lucas Calegari cometeu pênalti no atacante do Flamengo. Portanto, na visão dos dois profissionais, o Fluminense não tem motivos para lamentar.

— *Houve uma disputa por espaço entre os jogadores. E o braço é por disputa de espaço. No chão, o Calegari dá uma tesoura e cruza as pernas do Bruno Henrique. Isso derruba o atacante. Pênalti bem marcado pelo árbitro de jogo* — destacou Ruel.

Após a partida, o técnico do Fluminense, Fernando Diniz, focou na arbitragem durante a coletiva de imprensa. O comandante da equipe lanterna do Brasileirão afirmou que o árbitro Rafael Rodrigo Klein decidiu o jogo com a marcação do pênalti, ignorando o desempenho aquém da própria equipe, que pouco ameaçou o Flamengo ao longo dos 90 minutos.

“*Acabei de ver o lance e, de fato, não foi pênalti. Não tem como dar esse pênalti, impossível o VAR não chamar. Foi determinante para o resultado do jogo. A arbitragem decidiu o jogo*”, comentou Diniz, tendo seu discurso reforçado por um jogador.

— *Não tem muito o que explicar. É trabalhar para reverter a situação em que estamos. É difícil, mas temos um grande elenco. Foi um pênalti muito duvidoso, primeiro houve falta em nosso jogador e ele não marcou. É falar menos e trabalhar mais* – disse o volante do Fluminense Martineli.

No primeiro tempo, uma jogada revoltou o Flamengo. David Luiz foi agarrado três vezes por Paulo Henrique Ganso dentro da área. No entanto, a arbitragem não assinalou nada. Além disso, o zagueiro rubro-negro acabou recebendo um cartão amarelo ao se envolver com o meio-campista adversário, que também foi advertido. PC Oliveira também analisou o lance.

— *Esse lance traz um estudo de jogo que a arbitragem deve realizar. Essa ação que Ganso executou tem sido recorrente. Percebemos que a bola estava fora de jogo no momento do choque entre Ganso e David Luiz. Ganso tentou impedir o avanço de David Luiz. Foi uma ação que ultrapassou o limite do razoável. Para mim, foi uma ação disciplinar correta. Na minha visão, David Luiz foi instruído porque Ganso tem repetido isso com frequência* — pontuou PC.

— *No segundo lance, há uma ação de Ganso com um braço no peito de David Luiz, que também abre o braço e acaba forçando um contato. No terceiro lance, na minha opinião, o que falta é uma câmera, que provavelmente o VAR observou, em que a ação de Ganso deixa de ser um toque no peito e vai em direção à cabeça. Isso tem um peso maior. Não vejo como agressão, mas tenho dúvidas se esse braço atinge a cabeça ou o rosto. Se atingir o rosto, para mim deveria ser marcado o pênalti. A CBF deve divulgar as gravações do VAR, principalmente com as imagens. Se tocar no rosto, deve ser marcado o pênalti. Essa é uma conduta frequente de Ganso. O VAR respeita a decisão de campo* — concluiu Paulo Cesar.

Publicado em colunadofla.com