Por: Leo José e Vitor Beloti
A política nos bastidores do Flamengo segue em movimento enquanto o time, dentro de campo, tenta engrenar com Jorge Sampaoli. Na última sexta-feira (28), alguns conselheiros formalizaram propostas de emendas estatutárias. Ao todo, seis sugestões de mudanças foram postas à mesa, abrindo a ‘janela’ de recomendações para alterações no estatuto do Fla.
1 – Alteração no tempo de mandato: a proposta do conselheiro Alexandre José Santos de Almeida prevê aumento no no tempo de mandato para os cargos de presidente e vice-presidente. No novo texto, o período de poder dos mandatários citados passaria de três (como é atualmente) para quatro anos;
2 – Fim de reeleição: ainda na proposta de Alexandre José Santos de Almeidas, a reeleição seria extinta. Dessa forma, o presidente e o vice-presidente não poderia se reeleger em mandatos consecutivos. Ou seja, a dupla escolhida em votação ficaria no poder em mandato único de quatro anos;
3 – Fim de políticos públicos eletivos no clube: ficariam impossibilitadas de participar em eleições para os cargos de presidentes e ou vice-presidentes do Flamengo as pessoas que exerçam qualquer cargo eletivo em esfera pública municipal, estadual ou federal. O presidente e ou vice-presidentes que quiserem se candidatar para qualquer função pública eletiva, deveriam se licenciar dos postos no clube, antes de se inscreverem como candidatos, renunciando automaticamente ao mandato no Mengo — proposta dos conselheiros José Luiz Correa dos Santos Filho e Reinaldo Coniglio Rayol Júnior.
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4 – Votação anual de Plano Estratégico: seria colocado em votação o Plano Estratégico Trienal (ou a readequação para quadrienal), apresentado pelo Conselho Diretor. Dessa forma, a Comissão Permanente de Finanças e o Conselho Fiscal do clubes teriam que avaliar o Plano Estratégico Trienal ao lado das Propostas Orçamentárias, que já são votadas anualmente pelo Conselho de Administração. Tal mudança foi colocada em pauta pelos conselheiros Emílio de Mattos Habibe, Marcelo Cumplido F. de Souza, Marcelo de Aguiar Oliveira e Rodin Spielmann de Sá;
5 – Relatório trimestral dos Planos Orçamentário e Estratégico: os mesmos conselheiros citados no tópico anterior também propõem a criação de relatórios trimestrais da gestão em vigor para acompanhar o andamento do Plano Orçamentário e as ações previstas nos Planos Estratégicos. Atualmente, a exibição de relatórios periódicos não é obrigatória;
6 – Participação societária em outras empresas: atual vice-presidente Geral e Jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee propõe que o clube trate e registre de forma oficial a participação societária do Fla em outras empresas. O inciso redigido pelo dirigente prevê, ao Mengo, a “participação societária em outras empresas, desde que as receitas auferidas, incluindo lucros e dividendos, sejam integralmente revertidas para as atividades e objetivos sociais do Clube, respeitando-se a finalidade não lucrativa”.
Uma das causas para sugerir tal mudança, de acordo com o mandatário, é permitir que a instituição se modernize financeiramente sem perder de vistas os impactos e as consequências tributárias. Na contextualização, Dunshee ainda cita os casos de parceria com o Fluminense, na administração do Maracanã, e com o Banco BRB, para o banco digital BRB Fla.
As seis propostas de alterações estatutárias citadas nesta matéria foram formalizadas junto ao Conselho Deliberativo do Flamengo. Entretanto, as sugestões de mudanças ainda serão analisadas pelo órgão do clube e, caso avaliadas como cabíveis, por exemplo, passarão para votação entre os conselheiros do Rubro-Negro. Lembrando que a ‘janela’ para formalização de recomendações para alterações no estatuto abriu em em maio e se encerra em 27 de maio.
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