No cenário do futebol carioca, poucos instantes são tão reverenciados quanto o gol de Dejan Petkovic que garantiu o tricampeonato estadual ao Flamengo em 2001. Hoje, 23 anos depois, esse feito ganha uma camada adicional de emoção e nostalgia, em meio à recente perda de duas figuras lendárias que presenciaram aquela conquista: Mário Jorge Lobo Zagallo e o comentarista Washington Rodrigues, conhecido como Apolinho.
Naquele 27 de maio, Flamengo e Vasco se enfrentaram na final do Campeonato Carioca, com o Vasco entrando em campo com a vantagem do empate após vencer o primeiro jogo por 2 a 1. O jogo seguiu tenso até os 43 minutos do segundo tempo, quando Petkovic, em um lance magistral, executou uma cobrança de falta perfeita, garantindo a vitória por 3 a 1 para o Rubro-Negro.
A presença de Zagallo, como treinador do Flamengo naquele dia, e de Apolinho, vibrando na cabine de imprensa, acrescentou uma dimensão mítica ao confronto. Zagallo, ícone do futebol brasileiro, trouxe consigo sua vasta experiência e seu histórico de conquistas. Apolinho, conhecido por sua devoção a São Judas Tadeu, conferiu um tom quase divino ao evento.
O jogo, já carregado de significado pelo que ocorreu dentro de campo, agora ressoa ainda mais profundamente no coração dos torcedores do Flamengo e dos amantes do futebol. Com as recentes perdas de Zagallo e Apolinho, o gol de Petkovic assume um novo significado: uma homenagem a esses gigantes do esporte.
“Relembrar o gol de Petkovic hoje é também honrar a memória de Zagallo e Apolinho, que tanto contribuíram não só para o Flamengo, mas para todo o futebol brasileiro”, afirma Fabiano de Abreu, assessor e amigo de Petkovic.
Para muitos, o aniversário desse gol não representa apenas uma celebração esportiva, mas também um momento de reflexão sobre a transitoriedade da vida e o legado que cada um deixa para trás. O Flamengo e seus adeptos, hoje, não apenas celebram uma vitória histórica, mas também prestam tributo a dois dos seus maiores admiradores e protagonistas.
Publicado em colunadofla.com
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