Fabio Monken: “Superação de campeão!”

Salve, Salve, Nação Mais Linda do Mundo!

Mais um jogo, mais uma vitória, mais três pontos na conta. Mantivemos os mesmos 8 pontos em relação ao 2ª na tabela, o time “oficial da CBF”, que foi “peitada” ao não liberarmos Reinier para jogar um torneio que não é data FIFA, onde não temos a obrigação de ceder atletas. Dito isso, devemos registrar: jogamos mal. Devemos destacar e colocar em voga essa afirmação.

A vitória foi um prêmio à raça e à vontade deste Flamengo de Jesus que almeja ganhar a qualquer custo, que se recusa a perder pontos, que dá o sangue e a vida em todas as partidas, quaisquer que sejam as adversidades. Ressaltemos que tivemos mais um jogador lesionado, logo aos dez minutos iniciais da partida.

Vamos combinar aqui uma coisa: o Mengão jogou mal ontem. Foi um jogo “abelístico” deste Flamengo “jesuítico”. Nosso esquadrão estava retalhado, devido às lesões de jogadores e às ausências por suspensão, ocasionadas pelas cirurgias promovidas pelos juízes “cebeefianos”, mas ressaltemos que jogamos muito mal ontem à noite.

O time não tinha a amplitude de sempre e chegamos a uma conclusão derradeira: sem Éverton Ribeiro ou de Arrascaeta nosso time não cria nada, a desertificação criativa é latente. ER7 fez muitíssima falta ontem, pois o garoto Reinier não consegue realizar, ainda, o papel de construtor, de fundamental importância no setor de meio campo.

Fomos um time meio blasé. De certa forma me pareceu, em alguns momentos, que a turma não queria nada com o jogo, estava desinteressada na partida. Gérson foi muito mal por estar deslocado de sua função primária, tanto que foi substituído no intervalo. Arão não conseguia criar quase nada, de nossos laterais reservas não podemos esperar grandes feitos e lá na frente Gabigol obrigava-se a voltar na intermediária para tentar construir alguma coisa.

Esse foi o retrato do time na partida de ontem à noite. O time parecia uma colcha de retalhos, mas defensivamente fomos razoavelmente bem. O jogo caminhava para um modorrento zero a zero quando tomamos um susto, ao Fortaleza abrir o placar através de uma penalidade extremamente improvável.

E nosso gol se ofereceu tão improvável quanto o primeiro tento cearense, quando empatamos em circunstâncias parecidíssimas. Aí é que entrou o espírito de campeão, marca registrada deste Flamengo aguerrido e com sagacidade para vencer as partidas.

A partir do gol de empate, aos 37 minutos da etapa final, nossos jogadores parecem ter tomado um choque e acordado da letargia que imperava durante a maior parte do jogo. Partimos pra cima para tentar virar e conseguimos.

Mais um lateral de Renê na área adversária, assim como em partida anterior em Fortaleza, contra o Ceará, onde a bola vai bem próxima da linha de fundo para um zagueiro cabecear pro meio da área tentando encontrar um companheiro em condições de finalizar para o gol.

E, mais uma vez, deu certo. Reinier fez o gol da vitória do Mengão. Antes que a turba enlouquecida venha dizer que o gol foi achado, afirmo categoricamente que não, amigos, essa forma de reposição lateral não é aleatória, muito pelo contrário, é mais uma jogada trabalhada do nosso treinador.

Explico: a intenção de cobrar o lateral quase na risca da linha de fundo é colocar todos os jogadores do time em condições de jogo, haja vista não haver impedimento na reposição de bola pela linha lateral. E mais, os jogadores atacantes chegam de frente para tentar o arremate, muito melhores posicionados que os atletas defensores, que são atraídos pela bola lançada pro atacante que cabeceia em direção ao meio da área.

Uma sacada genial do Mister, que tem tirado seus coelhos da cartola, fazendo com que sejamos consistentes jogo após jogo, o que arrefece os ímpetos de qualquer equipe que almeja nos alcançar na tábua de classificação.

Quanto ao jogo com o Fluminense, poupar? Descansar os jogadores? Jorge Jesus foi taxativo: descansamos quinta, sexta e sábado, domingo corremos! Essa é a premissa do portuga, seriedade e mandar a campo sempre o melhor à disposição. Ele quer ganhar tudo! Não é isso que pedíamos?

Mas fica uma reflexão obrigatória e extremamente pertinente: devemos melhorar o elenco para a próxima temporada, isto é fato. A discrepância técnica entre titulares e reservas fica ainda mais evidenciada e escancarada após uma vitória como essa. Mas tenho a certeza, absoluta, de que JJ e a diretoria já trabalham nesse sentido.

O português sabe muito bem identificar quais jogadores seguirão no elenco e quais devem ser negociados. O futuro vai sendo pavimentado com extrema consistência técnica e tática. O Mengão vai se tornando o protagonista tão sonhado pela Magnética, são 37 pontos conquistados dos últimos 39 disputados. Nas últimas treze partidas foram doze vitórias e um empate. Extraordinário!

Vamos aguardar o que nos reserva. Acredito que começaremos a colheita de frutos carnudos num futuro brevíssimo. E a perspectiva para os anos vindouros é ainda mais afortunada. Mais arrecadação, mais confiança caso confirmemos os títulos e uma sinergia monstruosa entre torcida e time, como já temos presenciado dentro e fora de casa nessa temporada.

Essa é a receita do sucesso contumaz do melhor Flamengo dos últimos 35 anos. Entreguem as taças! O rolo compressor e trem pagador do futebol nacional está passando! O gigante adormecido acordou! Contra tudo e contra todos! E não vai sobrar pedra sobre pedra! Vai pra cima deles Mengo!!!

O Flamengo Simplesmente é!

Saudações Rubro Negras a todos!!!

Fabio Monken
Twitter: @fabio_monken
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Ninguém é o dono da verdade! Isso é fato!
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Fonte: https://colunadofla.com/2019/10/fabio-monken-superacao-de-campeao/