A negociação difícil nas últimas semanas pela renovação de contrato gerou desgaste entre o Botafogo e o lateral-direito Marcinho. No Alvinegro, a cúpula do futebol se irritou por ver canal fechado com os empresários e o próprio atleta, que entrou no radar do Flamengo antes da pandemia do novo coronavírus.
O atual acordo entre as partes vai até o fim de dezembro. Ou seja, Marcinho poderá assinar pré-contrato com qualquer clube a partir de junho. O Bota deseja a renovação, mas dentro da realidade financeira atual. Já o atleta pretende capitalizar com a boa fase da última temporada, quando terminou como titular e conseguiu uma convocação para a seleção brasileira.
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Na Gávea, o nome do defensor entrou no radar antes de o coronavírus cair como uma bomba em todo o planeta e também no mundo do futebol. A diretoria procura um jogador da posição desde que Rodinei deixou a equipe. Só que o foco está em vencer a crise, e o Rubro-Negro até estuda diminuir salários do elenco. Por conta deste cenário, o clube não negocia com ninguém no momento.
Montenegro dispara: "Não vale"
O Botafogo corre contra o tempo nas conversas com Marcinho, o que frustra a diretoria. A irritação se tornou pública na última segunda-feira, quando o ex-presidente Carlos Augusto Montenegro, membro do Comitê Executivo de Futebol, escancarou o clima ruim em entrevista ao jornalista Venê Casagrande. Ao GloboEsporte.com ele adotou o mesmo tom.
– O Marcinho e o empresário dele tem muito tempo que querem sair do Botafogo. Não querem nem ouvir proposta. Então, não podemos fazer nada. Vamos esperar o fim do contrato. Depende dele, não podemos obrigar ninguém – disse.
Na entrevista ao jornalista, o dirigente ainda contestou o rendimento do jogador nas últimas temporadas e insinuou um pedido de R$ 300 mil de salários: "Mesmo se fosse a seleção do mundo ou se tivesse jogado na seleção brasileira. Nem o Honda ganha isso".
Ao GloboEsporte.com, Montenegro afirmou ainda que Athletico-PR e Corinthians teriam interesse em Marcinho. Os paranaenses negaram, e o Alvinegro paulista afirmou apenas que não comenta sobre possíveis negociações. A reportagem consultou a empresa OTB, que representa o jogador, sobre as declarações do dirigente, mas não houve resposta até a hora desta publicação.
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