Família de vítima critica a antiga diretoria do Flamengo após incêndio no Ninho

Das dez famílias que sofreram com o incêndio no Ninho do Urubu, ocorrido em fevereiro de 2019, apenas uma delas não havia chegado a um acordo com o Flamengo. Entretanto, nesta terça-feira (04), os familiares do goleiro Christian Esmério conseguiram um entendimento com o clube. Após a resolução dessa pendência, os pais do jovem emitiram uma nota criticando a antiga diretoria e elogiando a postura da atual gestão que dirige o Rubro-Negro.

Andréia Pinto Candido de Oliveira, Alessandro da Silva dos Santos, Cristiano Junior Esmério de Oliveira e Cristiano Junior Candido Esmério, familiares de Christian Esmério, através de seus advogados (…), informam que o Clube de Regatas do Flamengo, ao adotar uma postura mais empática e consciente, reconheceu que a tragédia transcende questões financeiras, honrando a memória do jovem atleta”, inicia a nota.

Dessa forma, considerando o sigilo estabelecido no processo e no acordo firmado com o Clube de Regatas do Flamengo, a família e seus advogados não irão se manifestar a respeito dos termos acordados”, complementa a nota emitida pelos familiares de Christian Esmério.

Os pais de Christian foram os únicos que não aceitaram o acordo proposto pela diretoria de Rodolfo Landim entre as dez vítimas. Por essa razão, os familiares do ex-goleiro optaram por recorrer ao Judiciário contra o Flamengo. Contudo, com a nova administração liderada por Luiz Eduardo Baptista, foi possível alcançar um entendimento. Na noite desta terça-feira (04), o Mengo também se pronunciou sobre a questão.

O Clube de Regatas do Flamengo informa que celebrou acordo com a família de Christian Esmério em relação ao processo nº 0305333-17.2021.8.19.0001, que tramita na Justiça do Estado do Rio de Janeiro, e que se refere ao pleito da última família ainda não indenizada pelo acidente ocorrido no Ninho do Urubu em 2019”.

O Flamengo entende que não há quantia monetária que possa amenizar a dor pela perda de um filho ou de um irmão, mas continuar litigando, dadas as circunstâncias do caso, poderia infligir ainda mais sofrimento à família, o que não é a intenção do Clube. Assim, encerrar o processo e permitir à família a compensação financeira, mediante a celebração do acordo, era a prioridade máxima da atual Administração do Flamengo”.

Portanto, conforme destacado na nota da família, os valores permanecem em sigilo. Em 2024, a Justiça determinou que o Flamengo pagasse quase R$ 3 milhões em danos morais aos familiares do goleiro, um valor inferior aos R$ 5,2 milhões inicialmente solicitados pelos Esmério.

Publicado em colunadofla.com

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