O Flamengo pode alcançar neste domingo, contra o Cruzeiro, às 16h, a melhor série invicta no ano. Para isso, conta com a estrela do técnico Zé Ricardo, que, nos últimos sete jogos sem derrota, teve participação direta em sete dos 14 gols marcados pelo time.
A máxima de que técnico não ganha jogo não vale no caso do comandante rubro-negro. A lista de decisões durante a partida que culminaram com o resultado positivo não se resume a gols apenas.
Saíram do banco de reservas para marcar nestas circunstâncias Emerson Sheik, contra o Palestino, pela Sul-Americana, Alan Patrick, diante do Palmeiras, no Brasileiro, Fernandinho duas vezes — uma em cada competição —, contra Figueirense e Ponte Preta, além de Leandro Damião e Mancuello no jogo com a Chapecoense.
O treinador ainda teve estrela ao manter Gabriel, que estava mal na partida contra a Ponte Preta, e ver o jogador marcar um gol logo que tirou Everton em seu lugar.
O retrospecto recente durante a série invita não leva em conta outras intervenções ao longo do Brasileiro. A marca de Zé Ricardo passou a ser ter o time na mão.
– A gente vai conhecendo melhor os atletas também, transformando o ambiente, facilita saber do potencial de cada um. É muito tempo junto, quatro meses de trabalho. A gente treina algumas situações de jogo, nem sempre dá certo, mas programa a estratégia para acontecer. A gente não coloca o jogador para fazer o gol, coloca para melhorar a performance. Ou contra a mexida do adversário. O fato de A, B ou C ter feito o gol ajuda o nosso momento, mas estou tranquilo porque nem sempre vai dar certo – lembra.
Mas mesmo com críticas durantes os jogos, torcedores propagaram memes na internet endeusando o técnico e se segurando a cada substituição questionável para não cornetar antes da hora.
A principal delas, contra o Palmeiras, foi tirar o craque Diego do time. Alan Patrick entrou e fez o gol no primeiro toque na bola. O roteiro foi parecido com Emerson Sheik no último jogo pela Sul-Americana. O técnico falou sobre as comparações que vem sofrendo em brincadeiras nas redes sociais, onde é chamado de Ze Mourinho e Ze Ricardiola.
– A gente procura não entrar em rede social, mas sabe que é uma brincadeira da torcida. O momento é bom e tem que estar preparado para tudo. A gente ouve e vê porque mandam para a gente. Acho legal a torcida curtir. Mas no início do trabalho optamos por um nome ou outro e não deu certo. É uma coincidência positiva – garante, com humildade.
Por isso, é fé no Zé.
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