FERJ critica arbitragem da CBF e propõe reunião com os clubes devido a ‘repetidos problemas’

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) emitiu um comunicado nesta quinta-feira (08) criticando duramente a arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Segundo a entidade carioca, os equívocos na arbitragem têm sido frequentes e ela propõe uma reunião com os clubes para tentar melhorar a situação.

De acordo com a FERJ, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, está sendo injustamente responsabilizado de forma isolada pelos problemas. A entidade do Rio de Janeiro argumenta que a questão vai além disso.

Uma das sugestões da FERJ para iniciar um processo de mudança na arbitragem é promover um encontro com os clubes. Dessa forma, a entidade acredita que um diálogo entre a Comissão de Arbitragem da CBF e as equipes pode ser crucial para alinhar as demandas relacionadas à aplicação das regras, orientações e outros aspectos relevantes para a condução das partidas.

É importante ressaltar que o comunicado da FERJ foi divulgado um dia após o Flamengo se manifestar oficialmente contra a CBF. Na última quarta-feira (07), a atuação do árbitro Anderson Daronco gerou revolta entre dirigentes do Rubro-Negro e do Palmeiras.

Marcos Braz (vice-presidente de futebol do Flamengo) e Bruno Spindel (diretor de futebol do Flamengo) realizaram uma coletiva de imprensa expressando sua perplexidade em relação aos critérios da arbitragem. Por outro lado, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, também se indignou e criticou o ‘excesso de faltas’ na partida.

“Toda rodada temos repetidos problemas de arbitragem que já se tornaram motivo de chacotas, ultrapassaram, há muito, o chamado ‘choro de perdedor’ para cada vez mais fazer crescer o descrédito, a dúvida, a incerteza da competência; a vulnerabilidade, fragilidade ou imperfeição do conjunto que abrange a formação, seleção, treinamento, escalas, avaliação de desempenho, dentre outras valências, onde as métricas variam com a singularidade de quem as administra à sua vontade, com impactos negativos diretos causadores de insegurança das competições, debilidade das explicações e a evidência da inabalável e exuberante desuniformidade de critérios.”

“Tudo isso com reflexos muito ruins para todos, principalmente para os clubes e campeonatos. Não encontro nenhuma justificativa para a possível insensibilidade e impermeabilidade ao clamor que tomou conta do tema arbitragem, de maneira uníssona, transformando a CBF em alvo dos mais variados ataques e o presidente colocado isoladamente no meio do furacão, como se nós, Federações, não tivéssemos nada a ver com isso, não fôssemos atingidos, ou como não estivéssemos incomodados com o que está acontecendo, numa insensibilidade injustificável e total falta de apoio ao presidente, que está sendo responsabilizado e atingido até mesmo por maledicências e delírios alheios, como se dele partissem orientações para a intencionalidade de erros destinados e prejudiciais a esse ou aquele clube, por esse ou aquele motivo.”

“Penso que urge uma reflexão sobre a necessidade imediata de que sejam reunidos e ouvidos os mais prejudicados, os clubes, para um debate sobre caminhos a serem seguidos que possam conduzir a melhores resultados.”

“Impossível, infantil e vazia, nos tempos atuais, com a tecnologia que se dispõe, a hipótese da existência de apenas um único ser com sapiência capaz de congregar todas as soluções e como se fosse impossível e não permitido a qualquer outro mortal não saber ver, enxergar, registrar, processar e concluir o que se passa.”

“Só um louco extremamente soberbo acredita nisso. É evidente, incontroverso e inquestionável que a orquestra está desafinada ou ‘afinada’ demais, quem sabe? (músicos(?), maestro (?), ambos (?), nenhum deles (?)).”

“Isto posto, cabe um diagnóstico etiológico preciso para que se tenha um tratamento eficaz e um prognóstico satisfatório para o bem e a tranquilidade de todos. E os clubes não podem ficar de fora disso. É o que se espera e o que pode e deve ser feito.”

“O paciente ‘arbitragem’ está no CTI, à beira da morte, e o tempo do ‘L’État c’est moi’ já se foi com um certo Luis alguma coisa.”

Publicado em colunadofla.com

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