Flamengo e Botafogo empataram em 0 a 0 em partida válida pela nona rodada do Campeonato Brasileiro, realizada no último domingo (18). Após o encerramento do jogo, o treinador Filipe Luís elucidou a decisão de escalar De La Cruz como volante, em vez de meio-campista, no clássico. Além disso, o técnico aproveitou a ocasião para questionar a necessidade de improvisar outro atleta na função.
— Se eu coloco o Nico de meia hoje, eu jogo sem volante porque só tenho ele e Everrton. Gerson estava suspenso, e Erick e Allan estavam lesionados. Não tínhamos volantes. Onde o jogador prefere atuar? Onde se sente mais à vontade? Perguntei a ele. Volante, jogando de frente, contribuindo para a construção das jogadas. A melhor versão do Nico é como volante, ele faz o time jogar nessa posição. Ele nos proporciona uma grande criação e uma saída de pressão por sua vantagem qualitativa, então, por que eu deveria improvisar? Por que eu tiraria ele do seu melhor lugar? -, indagou Filipe Luís antes de continuar.
— É como se eu decidisse retirar um zagueiro, como o Léo Ortiz, que é um dos melhores zagueiros do Brasil, e colocá-lo como volante ou lateral. Estaria removendo o que a nossa equipe possui de melhor, que é a estabilidade na defesa com os zagueiros, laterais e os dois volantes, para realizar uma mudança que não teria certeza se funcionaria. Se precisar pontualmente, certamente ele desempenhará essa função com qualidade. Contudo, não o vejo como o último passe, que é uma característica de Arrascaeta e dos jogadores que atuam nessa posição. Mas o que ele pode fazer? Não tenho dúvida alguma –, concluiu.
Em síntese, o Flamengo exerceu pressão durante boa parte do confronto contra o Botafogo e, em grande parte da partida, demonstrou superioridade em relação ao rival carioca. No entanto, o ataque rubro-negro não conseguiu romper a defesa sólida da equipe alvinegra e, devido à falta de efetividade nas finalizações quando teve oportunidades, o Fla não conseguiu abrir o placar no Maracanã.
Publicado em colunadofla.com
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