Filipe Luís faz poderoso discurso sobre a tragédia do incêndio no Flamengo: ‘Nenhum dinheiro e acordo vai aliviar a dor’

A canção em tributo às dez vítimas do incêndio ocorrido no Ninho do Urubu, que completa seis anos no próximo sábado (08), sintetiza o sentimento dos torcedores em relação à tragédia. O técnico Filipe Luís também se emociona ao recordar os eternos jovens. Nesta quarta-feira (05), após a impressionante vitória por 5 a 0 contra a Portuguesa, o treinador comentou novamente sobre o assunto.

— Eu tenho uma conexão forte com esses meninos. Tem um memorial no Ninho e eu sempre vou lá. Não estava aqui (na tragédia), mas eu sou pai. E eu me sinto como pai de um desses dez meninos. Entregar esses meninos para jogar futebol com sonho e pegar num caixão… Nenhum dinheiro e acordo vai fazer a dor dos pais passar, mas o que podemos fazer é dar carinho e suporte e dizer que também sentimos essa dor — afirmou Filipe Luís.

— Tenho filhos, sei da dificuldade que pode ser isso. Ninguém deseja passar por isso. Meu apoio a todas as famílias, vou estar sempre lembrando lá. Vai ter uma missa, estarei lá vendo os pais. Sinto que eles estão comigo, não sei como explicar. Comecei na base e deu tudo certo na base. Tenho essa crença. Espero que possam ter os corações confortados — acrescentou o técnico do Flamengo.

O incêndio no Centro de Treinamento Ninho do Urubu ocorreu em fevereiro de 2019. Filipe Luís, por sua vez, chegou ao Flamengo em julho daquele mesmo ano. Portanto, quando o lateral se integrou ao clube, o CT já dispunha de um memorial em homenagem aos jovens.

Apesar de não ter testemunhado a tragédia de forma direta, Filipe Luís trata com sensibilidade as famílias afetadas. Após conquistar os títulos da Copa do Brasil e da Supercopa, o treinador iniciou as coletivas de imprensa dedicando homenagens e exaltando as vítimas.

Na terça-feira (04), o Flamengo anunciou um acordo com a última família que ainda não havia chegado a um entendimento com o clube. Em comunicados oficiais, tanto o Flamengo quanto os pais do goleiro confirmaram que as questões judiciais foram resolvidas. Assim, o Rubro-Negro fecha um capítulo da maior tragédia da sua história.

Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas; Pablo Henrique da Silva Matos; Bernardo Pisetta; Vitor Isaias; Samuel Thomas Rosa; Athila Paixão; Jorge Eduardo; Gedson Santos; e Rykelmo Viana e Christian Esmério.

Publicado em colunadofla.com