Cinco jogos na temporada e cinco lesionados ao longo dela. Essa vem
sendo a rotina da equipe de basquete do Flamengo. Com uma pré-temporada
com dois torneios amistosos, no Peru e no Ceará, o time da Gávea ainda
não conseguiu ter todos os seus atletas à disposição para jogar. Para se ter uma ideia, somente na última
semana, dois jogadores se machucaram. Vão ficar um período afastado das
quadras. Contra o Macaé, na quinta-feira, o ala/armador Humberto
sofreu uma fratura do quinto metatarso do pé. Resultado? Só retorna em dois
meses, segundo o departamento médico. Já o ala Lelê teve uma entorse no
joelho direito no treino de domingo, e deve ficar quatro semanas
afastado.
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Dos que ainda estão fora de combate, o armador Pedrinho Rava, contratação do clube, completa a
lista. Principal contratação do clube, Ricardo Fischer vem de um longo período de recuperação após romper os ligamentos. Na verdade, o jogador já está quase pronto para atuar. A expectativa é que entre em quadra contra o Vasco. Ele foi poupado na vitória sobre o Botafogo,
nesta terça, visto que a participação dele no
Carioca de basquete não fazia parte do planejamento inicial da comissão técnica. Afinal, no jogo anterior, contra o Macaé, sentou a panturrilha. Mas os exames não constataram maiores problemas.
Com os desfalques, o treinador José Neto prefere pensar no que tem à
disposição.
– Temos que ver como vai ficar a recuperação deles.
Eu gosto de trabalhar com o que eu tenho hoje. É difícil ficar
trabalhando com hipóteses. Eu penso
agora, no Carioca, com a situação que a gente tem, o elenco é esse.
Sabemos que o Flamengo tem expectativas e limites. Vamos ter que
trabalhar com isso. Acho que tudo isso tem ser muito bem esclarecido,
para que não se crie uma falsa expectativa e nem que nós subestimemos o
poderio que a gente ainda pode ter – disse o comandante rubro-negro, com os pés no chão.
Na ausência dos lesionados, José Neto
tem utilizado de alguns jogadores muito jovens. Contra o Botafogo, no
final do último quarto, Heitor, Danilo, Amorim, Léo Bispo e João Victor estiveram todos juntos em quadra e foram testados pelo comandante. Todos têm menos de 20
anos. Apesar de os atletas terem pouca experiência, o treinador do
Flamengo preferiu exaltar a oportunidade para os meninos em um time com
grandes objetivos na temporada.
– É o que eu falo para eles às
vezes na dificuldade, chega a oportunidade. Eles têm que estar
preparados. Acho que o sonho deles é jogar em um time adulto, para
muitos é a primeira vez. Mas isso é no dia a dia, não é do dia pra
noite. Esses meninos nunca jogaram adulto, e estão tendo a oportunidade
agora de jogar em um time que tem uma expectativa alta. Mas é a condição
que a gente tem hoje. Isso tem que estar muito claro. E pouco a pouco
vamos melhorando isso.
O ala/pivô Rafael Mineiro é um dos que
estavam machucados. Ele voltou às quadras na terça-feira, contra o Botafogo,
depois de um período se tratando de uma lesão, e anotou seus dois
primeiros pontos no Carioca. Apesar dos problemas do Rubro-Negro, o
camisa 12 da Gávea vê isso como algo normal do esporte, mas acredita que
esse “azar” esteja passando.
– Muitos times já passaram por
isso. Se você pegar as equipes ano passado, acho que o Bauru teve uma
sequência de jogares machucados. Mas no Flamengo fazia tempo que não
acontecia isso, mas é uma pena. Pode ser um azar, mas está passando,
porque eu voltei. O Ricardo (Fischer) está voltando. Acho que essa maré
de azar está passando. O time ainda não jogou completo. Quando o time
estiver completo, acho que vai mostrar um pouco o que é o Flamengo.
O
Flamengo volta ao Tijuca nesta sexta-feira. O clube da Gávea joga
contra o Vasco da Gama para decidir quem termina a fase de classificação em
primeiro lugar, o que garante o mando de campo nas fases finais do
campeonato. A partida começa às 20h (de Brasília) e terá apenas torcida do Gigante da
Colina, que é o mandante, conforme prevê o regulamento do torneio.
*Estagiário, sob supervisão de Gabriel Fricke
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