O aperto do calendário entre maio e abril ligou o alerta no Flamengo para a retomada do rodízio do elenco. Contra o Athletico-PR, no sábado, alguns jogadores já apresentaram débito físico, e não atuaram na grama sintética de Curitiba.
Entre eles, o zagueiro David Luiz, com dores articulares, preservado para não jogar em chão duro. Outros jogadores tiveram defasagem nas avaliações cotidiadas da comissão técnica e departamento médico. A ideia é manter avaliações individuais para definir quem estará nos planos para os próximos jogos.
A proximidade do técnico Paulo Sousa com os conceitos do Departamento de Saúde e Alto Rendimento (Desar), chefiado por Márcio Tannure, dão ao Flamengo confiança de que não haverá perda de jogadores por falta de planejamento.
Hoje, Vitinho e Matheuzinho são os únicos que tiveram problemas musculares em abril. Os demais estão em recuperação de problemas oriundos de traumas nos jogos. E Rodrigo Caio vindo de cirurgia no joelho.
A partir desta semana, o mantra das três competições volta à tona. O Flamengo terá uma sequência grande de viagens e jogos da Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro.
Na quarta-feiraembarca para o Chile para encarar a Universidad Catolica. Volta ao Rio e no sábado vai para o Piauí, para a partida de domingo contra o Altos. Volta para o Rio e segue para a Argentina na terça, onde enfrenta o Talleres no dia seguinte.
Diante desse cenário, Paulo Sousa faz valer o conhecimento cientíifico dividido entre sua comissão técnica e a do Flamengo. Desde que estava na Europa, o português tomou pé das tecnologias do clube, incrementou este aspecto com a indicação de um novo GPS para os jogadores, e os dados dão os caminhos para preservar atletas e fazer as mudanças antes de eles terem problemas mais graves.
Os preparadores físicos Luis Sala e Antonio Gomes têm contato direto com a fisiologia, a fisioterapia e o departamento médico do Flamengo para a tomada de decisões, que no fim tem sempre o aval de Paulo Sousa. O GPS “Wimu” tem ajudado com dados sobre cansaço muscular e indicado possívels lesões.
Não é de agora que o Flamengo convive com a necessidade de disputar três competições, nem que o elenco sofre na parte física. A realidade se dá desde a saída de Jorge Jesus. Com Domênec Torrent, Rogério Ceni e Renato Gaúcho houve problemas para administrar lesões. Preservar alguns jogadores virou rotina, mas a queda de produção e o choque de ideias minou o trabalho dos últimos técnicos. Sobretudo Renato Gaúcho, que via no Flamengo muitos problemas de ordem médica que o atrapalhavam.
Renato ainda conseguiu levar o time até o fim da temporada 2021 em meio a três competições. Tanto Dome como Rogério Ceni acabaram pelo caminho, mas saíram reclamando do mesmo problema e cientes de que um rodízio bem feito era essencial para a busca dos resultados, mas para isso era necessário também um elenco equilibrado para repor as saídas. Com Paulo Sousa não é diferente. Após bons jogos contra São Paulo e Palmeiras, o time misto sentiu a falta de conjunto diante do Athletico-PR.
Share this content: