Flamengo chega a 21 baixas médicas no ano, e desfalques em jogos importantes preocupam

+ Diego sofre fratura no tornozelo e passa por cirurgia
+ Com lesão no joelho, Vitinho faz procedimento cirúrgico

Destaque positivo nos últimos anos com departamento médico mais vazio que na maioria dos outros clubes da Série A, o panorama mudou um pouco em 2019. Em 2016, quando foi o clube com menos contusões, o Flamengo teve apenas 22 baixas médicas. Neste ano, o Rubro-Negro já tem 21 contusões contabilizadas.

Questionado sobre o aumento do índice de lesões neste ano, Márcio Tannure justificou o crescimento de contusões traumáticas (de treino ou jogo) e também pela mudança de trabalho com cada comissão técnica.

– Acho que um dos motivos para a gente ter tido um aumento são das mudanças de comissão (técnica) e do trabalho. No início do ano, a gente teve picos (de lesão) quando mudou a comissão técnica porque se mudou a preparação física e a metodologia. Isso requer um tempo até a gente equilibrar. Novamente, nesse período pós-Copa, a gente teve outro pico de aumento e que bate com uma nova mudança de comissão e de preparação física. Demora um tempo para comissão entender como cada jogador reage aos estímulos. É um risco necessário para que eles possam implementar o trabalho deles. Acredito que agora, como no início do ano, a gente vá entrar numa fase estabilizadora.

– O aumento das lesões é um fato, não tem como a gente negar. Esse ano a gente está vivendo uma situação atípica. Vale ressaltar que destas lesões apenas seis foram musculares, que são mais previsíveis. Dos quatro jogadores no DM, dois foram casos cirúrgicos. Acho que é mais uma fatalidade que o esporte de alto rendimento está sujeito. A gente teve muitas lesões traumáticas, que entram nas estatísticas, mas a gente não tem muito como prevenir – pontuou o chefe do departamento médico do Flamengo.

Não só o número de problemas médicos como o momento das lesões chama atenção. O Flamengo tem quatro atletas no DM neste momento: Arrascaeta, Diego, Everton Ribeiro e Vitinho. Destes, o camisa 7 é quem tem mais chance de atuar no jogo decisivo contra o Emelec, nesta quarta-feira. Porém, a equipe teve outras baixas em jogos importantes durante a temporada. Relembre os principais casos, de maneira cronológica:

O início de 2019 de Berrío no Flamengo foi marcado por uma lesão na posterior da coxa direita, entre janeiro e fevereiro, e outra no reto femoral da coxa esquerda, entre março e abril. Por conta disso, o colombiano pouco atuou nesta temporada, com apenas 11 jogos. No Carioca, entrou em campo em apenas duas partidas da Taça Rio. Ficou de fora de 20 jogos no total em função dos problemas médicos. Entre eles, a estreia na Libertadores, as finais do estadual e a primeira partida do Brasileirão.

Titular da meta rubro-negra, Diego Alves ficou afastado por cerca de 15 dias em função de uma lombalgia sofrida na derrota para a LDU, em Quito, na 5ª rodada da Libertadores. Ele precisou, inclusive, ser substituído por César naquela partida. A contusão deixou o goleiro de fora dos três primeiros jogos do Brasileirão além da partida de vida ou morte contra o Peñarol, no empate que garantiu o Flamengo nas oitavas de final da Libertadores.

Na maior goleada do Brasileirão, o Flamengo aplicou 6 a 1 contra o Goiás, mas ganhou um desfalque de peso. Com 14 gols e 10 assistências em 2019, Bruno Henrique sofreu uma entorse no tornozelo direito e ficou de fora do jogo que culminou na eliminação do Flamengo para o Athletico-PR.

Contratação mais cara da história do Flamengo, Arrascaeta tem sido peça importante na equipe comandada por Jorge Jesus. Na queda para o Athletico-PR na Copa do Brasil, o Rubro-Negro perdeu também o uruguaio por lesão na posterior da coxa direita. O problema muscular deixou o meia de fora da partida contra o Corinthians no Brasileirão e do jogo de ida das oitavas da Libertadores contra o Emelec. O atleta faz tratamento intensivo no departamento médico e ainda não tem previsão de retorno aos gramados.

Assim como Arrascaeta, Everton Ribeiro foi desfalque do Flamengo nos últimos dois compromissos da temporada: contra Corinthians e Emelec. Diagnosticado com uma lesão óssea no pé esquerdo, o meia pode ser novidade na próxima quarta-feira, caso tenha condições de jogo. Como não há risco de agravamento da lesão em caso de entrar em campo, se Everton Ribeiro iniciar a semana conseguindo pisar normalmente, o atleta deve ir para o sacrifício.

Substituído com muitas dores contra o Corinthians, Vitinho recebeu o diagnóstico de estiramento no ligamento colateral medial e uma lesão no menisco radial do joelho esquerdo. O problema necessitou de correção cirúrgica e o atacante passou por artroscopia na última terça-feira. Sem prazo de retorno, o atleta já ficou de fora do duelo contra o Emelec, em Quito, e também não terá condições para os próximos compromissos rubro-negros.

Entre os atletas no DM, Diego é quem mais preocupa. O camisa 10 sofreu entrada dura no duelo de ida contra o Emelec e teve fratura constatada, com uma lesão ligamentar no tornozelo esquerdo. Ele passou por cirurgia na última quinta-feira e tem prazo de recuperação entre quatro e cinco meses. Ou seja, o meia pode ficar de fora dos próximos compromissos do time durante todo o resto de temporada.