O Flamengo está ultrapassando limites! Na terça-feira (20), o Conselho Deliberativo do clube rubro-negro deliberou e aprovou a criação de uma empresa de cooperação destinada a questões de imposto de renda federal nos Estados Unidos, com o intuito de contornar os impostos naquele país, visando a participação no Mundial de Clubes. A reunião ocorreu na sede do Mengão, localizada na Gávea, e contou com 177 votos a favor da proposta.
Além disso, a votação registrou 12 abstenções e 17 votos contrários à criação da empresa. O objetivo é minimizar a carga tributária imposta pelo governo de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e a FIFA recomendou aos clubes brasileiros a abertura dessa entidade. A legislação vigente estabelece uma tributação mínima de 30% sobre os rendimentos auferidos por estrangeiros em território americano.
A empresa do Flamengo será de caráter temporário, permitindo que o clube enfrente uma carga tributária reduzida. Inclusive, no dia 29 de maio, a FIFA realizará o depósito da primeira parcela do pagamento referente à participação no Mundial, no montante de 3 milhões de dólares, aproximadamente R$ 19 milhões.
Para a implementação do projeto de criação da empresa, o Flamengo contratou a consultoria americana Sands Anderson. A parte tributária ficará a cargo da EY, que validará as recomendações feitas pelos consultores americanos ao clube. É importante destacar que, no dia 23 de abril, a FIFA notificou os clubes sobre a aplicação de impostos durante o Mundial. Posteriormente, em 07 de maio, a entidade comunicou que não haveria isenção tributária.
‘A constituição dessa empresa é temporária e restrita à participação no torneio, sem qualquer impacto sobre a estrutura esportiva, jurídica ou operacional dos clubes no Brasil, servindo apenas para o fim específico de redução da retenção tributária das receitas do Mundial de Clubes 2025 de 30% para algo em torno de 21%, ainda deduzindo as despesas referentes ao Mundial’, afirmou o Flamengo na semana passada.
O Flamengo acredita que poderá arrecadar, no mínimo, 20 milhões de dólares no Mundial de Clubes, aproximadamente R$ 112 milhões na cotação atual. Segundo a FIFA, os clubes sul-americanos receberão 15,2 milhões (R$ 85,7 milhões) pela participação, além de US$ 2 milhões (R$ 11,2 milhões) por vitória e US$ 1 milhão (R$ 5,6 milhões) por empate na fase de grupos.
Trabalhando sem a empresa nos Estados Unidos, o total de imposto a ser recolhido seria de 6 milhões de dólares, enquanto que, com a abertura da empresa, esse valor cairá para 400 mil dólares. A FIFA assegurou aos clubes que garantirá, no mínimo, 50% do pagamento dos valores sem impostos. Além disso, a entidade recomendou a obtenção do visto B1 para jogadores e funcionários, visando facilitar a ‘contratação’ pela empresa constituída pelo Flamengo.
A primeira partida do Flamengo no Mundial de Clubes está agendada para o dia 16 de junho, contra o Espérance (TUN). Em seguida, o clube enfrentará o Chelsea (ING) no dia 20 de maio. Por fim, ocorrerá o confronto com o América do México ou Los Angeles FC (EUA), que se enfrentarão em uma eliminatória no dia 31 de maio.
Publicado em colunadofla.com
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