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Flamengo dá fim a modelo de negócio que trouxe Cirino, mas ainda fica com prejuízo

A caminho do Internacional na próxima semana, Marcelo Cirino deixa o Flamengo com saldo negativo. Em todos os sentidos. Nos cofres do clube e na bola, o jogador ficou devendo depois de chegar como primeira grande contratação da atual gestão. Ainda sem poder investir alto em jogadores de destaque no cenário nacional, a diretoria se aproximou do grupo de investidores Doyen, que colocou o velocista na Gáve em 2015, então com 23 anos. Dois anos se passaram e a promessa não deu certo.

O investimento de R$ 16 milhões se transformaria em mais de R$ 21 milhões ao fim do contrato, em 2018. Caso fosse vendido até lá, o Flamengo levaria 20%. Agora, terá que pagar o valor total. E tenta dividí-lo com o Inter. Em vez de uma vitrine para Europa, o Flamengo virou quase que uma casa de festas para Cirino em dois anos. De malas prontas, sai sem deixar saudade.

A diretoria rubro-negra finaliza até hoje a discussão sobre parte da dívida que deveria honrar com os investidores. O Inter entraria de forma solidária e compraria por cerca de R$ 5 milhões 25% dos direitos econômicos do jogador, que pertence metade a Doyen e metade ao Atlético-PR. Com isso, o Flamengo sepultará o modelo de transação que já nem é mais permitido no Brasil, com participação de terceiros. A tentativa é incluir a liberação do zagueiro Réver, que pertence ao Inter, em compensação à cessão de Marcelo Cirino. O atacante treinou ontem no Ninho do Urubu e deve ser apresentado segunda-feira no Sul.

Desde o fim da temporada 2015, a saída do jogador é discutida pelos dirigentes do Flamengo. O episódio, que resultou no afastamento de Cirino e mais quatro jogadores, monitorados na noite carioca, foi o primeiro momento delicado. Na ocasião, o jogador já amargava o banco de reservas. Para piorar, sofreu uma lesão no menisco do joelho direito e ficou fora de ação até o ano seguinte. De volta em 2016, entrou na vitrine para ser negociado, mas teve a boa vontade do recém-chegado Muricy Ramalho, que entendeu o investimento do Flamengo e tentou recuperar o jogador. Não conseguiu.

Em pouco tempo, Muricy deu lugar a Zé Ricardo, outro que deu oportunidades não aproveitadas pelo jogador. Embora tenha participado de um jogo ou outro, o atacante exibia semblante infeliz no dia a dia no Ninho do Urubu. Marcado pela torcida por não ser útil o bastante, sentiu o golpe e caiu em descrédito com o técnico também. Em dois anos, o atacante realizou 94 jogos e marcou 23 gols. A velocidade e a potência que o trouxeram do Atlético-PR em 2014 ficaram pelo caminho. Nem no modelo de jogo consolidado, com o aproveitamento dos pontas, o atleta se mostrou à vontade.

Fonte: http://extra.globo.com/esporte/flamengo/flamengo-da-fim-modelo-de-negocio-que-trouxe-cirino-mas-ainda-fica-com-prejuizo-20940756.html

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