Após uma longa controvérsia envolvendo o presidente do Flamengo, os conselheiros do clube finalmente chegaram a um acordo quanto à venda dos direitos de transmissão do Brasileirão para a Globo no período de 2025 a 2029. Em uma reunião lotada na Gávea, a maioria dos votos aprovou a transação, garantindo ao Rubro-Negro um montante de R$ 210 milhões a partir do próximo ano. No entanto, houve críticas direcionadas a Rodolfo Landim devido à redução nos números, já que a verba deste ano foi de R$ 290 milhões. Ao todo, foram 218 votos a favor, 149 contra e sete abstenções.
A situação gerou um debate acalorado tanto entre os aliados quanto entre os opositores, criando um clima tenso na Gávea e atraindo um grande número de conselheiros para a votação. O contrato com a Globo chegou a ser discutido até mesmo no gramado do Maracanã durante as celebrações do Campeonato Carioca, no domingo (07), envolvendo dirigentes.
Para persuadir os conselheiros presentes, os defensores do contrato argumentaram que o Flamengo recebe anualmente R$ 270 milhões da Globo, sendo 90 milhões referentes à igualdade de condições, desempenho e número de jogos transmitidos na TV aberta e fechada. Além disso, outros R$ 180 milhões provêm do pay per view.
Entretanto, quando o acordo foi firmado em 2016, ficou estabelecido um valor mínimo garantido para diversos clubes. Ou seja, independentemente das vendas de pay per view, os clubes teriam uma receita assegurada anualmente. Contudo, com a entrada do Flamengo na Libra, essa liga não possui mais esse mínimo garantido. A expectativa é que a comercialização do PPV compense essa falta de valor fixo.
A Globo incluiu nos contratos com os clubes da Libra, dos quais o Flamengo é parte, uma cláusula anti-inflação. Isso significa que a emissora poderá rescindir o acordo com o Mengão em 2027 caso a inflação ultrapasse os 15% no ano. Portanto, o desfecho dependerá do comportamento da economia brasileira daqui para frente.
Publicado em colunadofla.com
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