O Flamengo deu início a uma onda de demissões de funcionários que atingirá mais de 10% de seu quadro na Gávea e nas categorias de base, incluindo futebol e esportes olímpicos.

O processo de desligamento de cerca de 70 funcionários começou nesta quinta-feira, e vai seguir nos próximos dias, podendo chegar a 100 pessoas.

O sindicato dos clubes havia enviado à diretoria uma proposta de acordo de redução salarial de parte dos profissionais que estão de férias ou trabalhando de casa. Estes teriam diminuição de jornada, baseado na MP 936 do Governo Federal.

Mesmo assim, o Flamengo informou que precisaria fazer o corte e que priorizaria pessoal aposentado. Em seguida, concentrou o enxugamento na pasta da vice-presidência de futebol de base.

Vale lembrar que no balanço do clube a diretoria classificou o impacto do coronavírus como “absorvível”.

Segundo relatos, há diversos funcionários ocupando funções parecidas em todas as categorias. No entanto, há pelo menos dois analistas de desempenho, dois roupeiros, um treinador de base do sub-12, motorista, segurança, fisiologista, entre os demitidos.

As comissões técnicas das categorias inferiores ao sub-16 devem ser as principais afetadas.

O clube informou que vai fazer os pagamentos de uma primeira parcela na conta de quem será demitido logo. O dinheiro já estaria separado.

Os funcionarios que tiveram redução salarial terão os vales de alimentação e o plano de saúde mantidos.

O futebol profissional, diga-se jogadores e comissão técnica, devem ser afetados com cortes nos salários apenas no mês de junho. Tambem há risco de desligamento de pessoal.

O clube aguarda a definição do projeto de lei que preve redução da multa em caso de rescisão. Ele foi aprovado com pedido de urgência e sera votado em breve na Câmara dos Deputados.