O Flamengo empatou com o Independiente na final da Copa Sul-Americana, no Maracanã, em 1×1, e viu o título da competição escapar. Com a vitória no primeiro jogo, os argentinos ficaram com a taça.
Precisando do gol, o Flamengo se lançou ao ataque, jogando de forma diferente do que estava acostumado, com toques e aguardando a melhor oportunidade. A intenção era acuar o Independiente em seu campo, e deu certo. As boas chances chegaram, primeiro com Everton e depois com Paquetá.
Aos 11, Vizeu viu Everton entrando por trás e deu passe milimetrico. O atacante saiu na cara do gol, mas chutou fraco para defesa de Campana. Três minutos depois, Paquetá fez um carnaval pelo lado direito, mas chutou desequilibrado para fora.
A supremacia no primeiro tempo era total. Os argentinos sequer passavam do meio campo. Era questão de tempo, pouco tempo.
Aos 29, Diego bateu falta, Rever mandou pra bagunça e a bola sobrou para Paquetá, embaixo da trave empurrar pra rede e provocar uma completa catarse rubro-negra no Maracanã. A vantagem do Independiente estava acabada.
Cinco minutos depois, o drama ressurgiu no Maracanã. Pênalti para os argentinos. Demora para bater. Gol deles. O golpe bateu forte no time, que não criou mais chances até o final da etapa, que terminou mesmo empatada.
O segundo tempo começou com Paquetá quase fazendo o gol da década. O atacante pegou a bola na intermediária rubro-negra e disparou em direção à meta portenha. Um, dois, três zagueiros se acumularam para tentar segurar o garoto. Derrubaram, mas ainda assim, Paquetá girou, no chão, e chutou, porém nas mãos de Campana.
Os argentinos começaram sua tradicional cera. Com o tempo passando, o nervosismo ia tomando conta do Flamengo. Reinaldo Rueda tirou Trauco e colocou Vinicius Junior aos 10.
Aos 14, todos os corações rubro-negros no mundo pararam. Gigliotti ganhou de Cuéllar na corrida entrou livre e tocou por cobertura, tirando de César. Juan apareceu e tirou a bola em cima da linha.
Não havia mais tática. Era coração. O Flamengo ia para cima e apertava o Independiente. Aos 19, Paquetá chutou de fora, a bola desviou em Arão e enganou o goleiro adversário, mas saiu para fora.
Aos 32, Everton Ribeiro entrou e em seu primeiro lance, colocou a bola na cabeça de Réver, mas ela, caprichosamente, foi para fora.
E essa foi a tônica. A bola insistia em ir para fora. O Flamengo lutou, mas a Sul-Americana lhe escapou no Maracanã.