Uma notícia desfavorável para o Flamengo em relação ao projeto de construção do estádio. O clube pode se deparar com um custo inesperado de R$ 100 milhões no terreno do Gasômetro, área adquirida em um leilão realizado em julho. O Mengão terá que lidar com a necessidade de desmontar uma grande estrutura da multinacional Naturgy, empresa concessionária de gás encanado.
Segundo o jornal ‘O Globo’, tudo indica que o Flamengo será encarregado de desmontar a estrutura da Companhia Estadual de Gás (CEG) e, para isso, o custo estimado é de R$ 100 milhões. No dia 30 de agosto, as empresas notificaram a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) sobre o impasse.
“Imóvel em questão abriga galpões, depósitos, laboratórios e gasodutos em suas proximidades, além de uma Estação de Regulagem e Medição, responsável pelo fornecimento de gás para grande parte das zonas Norte, Sul e do Centro da cidade do Rio de Janeiro, atendendo cerca de 400 mil consumidores“, diz trecho da notificação.
A Agenersa solicitou um prazo de sete dias, a partir de 11 de setembro, para que a concessionária apresente relatórios detalhados da situação. A empresa já está em contato com a Prefeitura do Rio de Janeiro para esclarecer o processo de desapropriação do terreno. No entanto, como o Flamengo é o novo proprietário, é provável que assuma os custos deste ‘imprevisto’.
O Flamengo poderá iniciar a remoção das estruturas para distribuição de gás após obter a posse do terreno. De acordo com a Naturgy, o edital da Prefeitura do Rio de Janeiro errou ao afirmar que o terreno estava desocupado antes do leilão.
“Nas proximidades deste terreno também passa um gasoduto que transporta gás natural canalizado para grande parte da cidade, o que pode acarretar riscos de acidentes e falta de abastecimento de gás em toda a região da grande Tijuca, Zona Sul e Centro da cidade, caso a manutenção adequada não seja realizada nos dias de jogos. Os gasodutos são de alta pressão, e a sua remoção, além de representar o risco de interrupção do serviço de distribuição de gás, apresenta grandes perigos para os próprios funcionários das empresas solicitantes“, relata outro trecho do documento emitido pela concessionária.
Dessa forma, para vencer o leilão do terreno do Gasômetro, o Flamengo desembolsou, de forma integral, R$ 146 milhões. Agora, o clube planeja inaugurar a nova arena em 15 de novembro de 2029. A proposta é que o estádio seja inspirado na casa do Borussia Dortmund, na Alemanha, e tenha aproximadamente 70 mil assentos.
Publicado em colunadofla.com
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