Apesar de ter inicialmente feito uma notícia de infração ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na qual denunciava uma ofensa racial feita por Ramírez, do Bahia, ao meia Gerson, o Flamengo tentou atrasar a investigação na corte desportiva. Sem sucesso.
A diretoria rubro-negra solicitou que o inquérito iniciado nesta segunda-feira ficasse suspenso até a conclusão da investigação comandada pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), da Polícia Civil do Rio.
Em despacho publicado nesta segunda, o relator do inquérito no STJD, o auditor Maurício Neves Fonseca, negou o pedido do Fla. Ele argumentou que “a Justiça Desportiva tem jurisdição e competência para processar e julgar matérias referentes às infrações disciplinares desportivas”.
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Conforme denunciado por Gerson na saída do campo, Ramírez teria dito a ele “cala a boca, negro” durante o jogo realizado em 20 de dezembro, no Maracanã. O Flamengo venceu o Bahia por 4 a 3. Ainda em campo, Gerson discutiu com o técnico Mano Menezes, que rebateu dizendo que o jogador do Fla estava de “malandragem”. Ramírez se defendeu posteriormente, alegando que não ofendeu Gerson.
O prosseguimento do inquérito implica na continuidade das intimações para depoimentos já despachadas na semana passada. Ramírez e o então técnico do Bahia, Mano Menezes, serão ouvidos de forma virtual, no dia 3 de fevereiro. Gerson, o zagueiro Natan e o atacante Bruno Henrique, todos do Flamengo, serão ouvidos presencialmente, na sede do STJD, no Centro do Rio.
Em nota, o tribunal chegou a dizer que, ao fazer a notícia de infração no tribunal, o Flamengo afirmou que o zagueiro Natan ouviu a ofensa de Ramírez a Gerson.
Nesta segunda-feira, quem prestou depoimento foi a equipe de arbitragem, composta por Flávio Rodrigues de Souza, os auxiliares Marcelo Van Gasse e Danilo Simon Manis, além do delegado da partida, Marcelo Vianna.
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