O Flamengo viaja nesta quinta-feira para Londres com apenas uma preocupação na bagagem: a compra de Andreas Pereira junto ao Manchester United. Após oferta de 8 milhões de euros, o clube inglês sequer respondeu, e a diretoria rubro-negra resolveu se antecipar e tentar uma aproximação presencial, com medo de o negócio não acontecer. O empréstimo com opção de compra de 20 milhões de euros vai até junho.

Para não deixar tudo para cima da hora, o vice de futebol Marcos Braz e o diretor Bruno Spindel embarcam ao fim da tarde para iniciar a política de boa vizinhança. Com a vontade de Andreas em permanecer no Brasil como trunfo, os dirigentes querem sinalizar ao United que o Flamengo está disposto a parcerias futuras, para que se amenize a falta de diálogo que hoje preocupa.

Cebolinha não é prioridade

Não há, no momento, outro foco da viagem do Flamengo além desse. Tanto que a dupla ainda não tem presença garantida em outros países, inclusive Portugal, para negociar a chegada de Everton Cebolinha. A troca de Londres por outro entreposto dependerá das oportunidades de mercado que surgirem.

Com a janela fechada na Europa, a ideia é sim atacar alguns jogadores para reforçar o elenco, sobretudo com custo baixo. Mas o objetivo primordial é resolver a situação de Andreas Pereira. O meia de 25 anos tem contrato até o meio de 2023, que pode ser ampliado por mais uma temporada.

Logo, o United não está com a corda no pescoço para vender o jogador por qualquer valor. O Flamengo também não pode esticar muito a corda, mesmo após a venda à vista de Michael por praticamente o mesmo valor que ofereceu. A inclusão de jovens no negócio está descartada. 

Andreas já sinalizou ao seu clube que quer ficar no Flamengo e não se vê retornando para a Europa agora. Sobretudo após a falha na final da Libertadores. O clube carioca, por um lado, acredita que essa vontade do jogador pode prevalecer. Só que também tem ciência que o United tem lastro no mercado para obrigar uma repatriação e direcionar o jogador para outros caminhos.