A base do time do Flamengo que segurou as pontas no Brasileiro diante das ausências durante a Copa América é formada por um trio pouco badalado. Arão, Filipe Luís e Michael chegam ao clássico contra o São Paulo, hoje, 16h, no Maracanã, como os únicos jogadores do elenco presentes em todas as partidas no campeonato.

O volante e o lateral-esquerdo são os guardiões da defesa e do estilo de jogo de toque de bola, que oscilou sob o comando de Rogério Ceni, mas voltou a se encontrar nos três jogos da era Renato Gaúcho. No período, Michael, que vinha dando conta do recado com o treinador anterior, ganhou ainda mais importância, mesmo como reserva.

Os três possuem dez partidas no torneio, mas apenas o atacante ficou no banco de reservas, duas vezes, e entrou no decorrer da partida. Arão e Filipe começaram todos os jogos, mas apenas o volante atuou em todos eles do início ao fim. O lateral foi preservado diante de Bahia e Chapecoense, em função da sequência e da idade (36 anos).

Michael esteve em campo 70% do tempo. Foram 651 minutos em dez jogos, oito como titular. Ajudou com um gol sobre a Chapecoense e uma assistência. Hoje, deve voltar ao banco, diante do retorno de Bruno Henrique no meio de semana. Mas já se tornou uma espécie de talismã de Renato para o segundo tempo.

Em transição de comando, o Flamengo se sustenta com os principais pilares do time, como Filipe e Arão, e vê a boa fase de peças outrora renegadas, tais quais Michael, encorpar o elenco. Outro em alta é Vitinho, que nas mãos de Renato tem média de um gol a cada 18 minutos.

Mas as esperanças estão de volta sobre os selecionáveis, após a Copa América. Gabigol, Arrascaeta e Éverton Ribieiro voltaram a jogar juntos ao lado de Bruno Henrique e elevaram o patamar do ataque rubro-negro. É a aposta para uma sequência que permita alcançar a ponta do Brasileiro, hoje com o Palmeiras, dez pontos à frente. Para seguir em boa fase, a vitória sobre o São Paulo é essencial. Ela não vem, no Maracanã, desde 2015. A última vez no duelo foi em 2017, na Ilha do Governador. Não há melhor momento para derrubar o tabu.