A arritmia cardíaca que levou Muricy Ramalho a ser internado na última terça-feira não foi o único momento no qual a saúde de treinadores passou por sustos. Em todos os cantos do país, técnicos viram contratempos os obrigarem a sair mais cedo das partidas, ou até mesmo se afastar de clubes.
De Muricy a seu Mestre, Telê Santana, o LANCE! enumera abaixo alguns dos episódios que assolaram o futebol nacional.
MURICY RAMALHO (2016) – Atual treinador do Flamengo, Muricy sentiu arritmia cardíaca na tarde de terça-feira, e teve de ser internado. Após passar por exames e apresentar quadro estável, o técnico foi liberado no dia seguinte.
MURICY RAMALHO (ERA SÃO PAULO) – Esta não foi a primeira vez que Muricy Ramalho viu as dores atrapalharem sua rotina no futebol. O técnico deixou o comando do São Paulo em 2015 devido a uma diverticulite. Além disto, houve dois episódios ligados a problemas cardíacos em suas passagens no Tricolor paulista: no ano anterior, o técnico teve taquicardia ao final de um treino e, em 2006, sentiu um mal-estar depois que a equipe perdeu por 2 a 1 para o Chivas Guadalajara, na Copa Libertadores.
RENÊ MARQUES (2016) – Durante a partida em que sua equipe, o Naviraiense, perdeu por 1 a 0 para o Ivinhema-MS, pelo Campeonato Sul-Mato-Grossense, Renê Marques teve um princípio de acidente vascular cerebral (AVC) e saiu de campo de ambulância. Após receber atendimento médico, o treinador recuperou-se.
ROGÉRIO VIEIRA (2015) – O desafio de comandar a equipe chegou ao limite da emoção na edição de 2015 do Campeonato Roraimenense: como o GAS não tinha condições do jogo, o técnico Rogério Vieira assumiu a responsabilidade da meta. Porém, o treinador (que também preside o clube) caiu no gramado e desabou em campo. Após atendimento médico, Rogério seguiu na partida, mas acabou tomando o gol da equipe, que perdeu por 1 a 0 para o Baré.
ANTONIO PICOLI (2014) – Durante o clássico Juve-Nal, Antonio Picoli foi retirado da beira de campo, reclamando de fortes dores no peito, e não viu a reta final da partida em que o Juventude bateu o Internacional por 1 a 0, pelo Gauchão.
GUTO FERREIRA (2014) – Na volta à concentração da Ponte Preta após a vitória por 3 a 1 sobre Avaí por 3 a 1, pela Série B, o então treinador da Macaca reclamou de uma indisposição e foi internado em um hospital em Campinas. Diagnosticado com arritmia cardíaca, Guto Ferreira não comandou a Ponte na partida seguinte, contra o Vasco.
RICARDO DRUBSCKY (2014) – Quando comandava o Goiás, Ricardo Drubscky chegou a participar da preleção da partida contra o Atlético-MG, mas não comandou a equipe. Em virtude de uma forte virose, o técnico deixou o Serra Dourada, foi levado para um hospital e sequer acompanhou a derrota por 3 a 2 da equipe.
OSWALDO DE OLIVEIRA (2013) – Enquanto comandava o Botafogo na partida contra o Grêmio, o treinador começou a sentir dores no peito. Após o apito final do jogo (vencido por 1 a 0 pelo Tricolor gaúcho, no Maracanã), Oswaldo de Oliveira saiu de campo caminhando em direção ao vestiário, onde foi atendido com um desfibrilador para conter a arritmia cardíaca, mas voltou a trabalhar dias depois.
RICARDO GOMES (2011) – Em um dos momentos mais dramáticos da história recente do clássico entre Flamengo e Vasco, o então treinador do Cruz-Maltino, Ricardo Gomes, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e saiu do Engenhão de ambulância rumo a um hospital. O problema o afastou por quatro anos do futebol.
RICARDO GOMES (2010) – Ricardo Gomes passara por uma vasculite no ano anterior ao AVC que interrompeu sua carreira. Pouco depois de sua equipe, o São Paulo, perder por 1 a 0 para o Palmeiras, o técnico sentiu dores de cabeça e formigamento no braço.
GENINHO (2009) – Devido a uma virose, Geninho não teve condições de comandar um treino do Náutico. O auxiliar da época, André Souto, comandou a atividade.
PAULO AUTUORI (2005) – Na noite em que comandava o São Paulo, Paulo Autuori sentiu dores no peito e deixou o Morumbi antes do encerramento do jogo com a Ponte Preta. Encaminhado para um hospital, o técnico mostrou um quadro estável, e indicou ter sido uma queda de pressão.
ANTÔNIO LOPES (1999) – Quando comandava o Vasco, Antônio Lopes teve de se afastar por 60 dias para ser submetido a uma cirurgia para correção de um problema na artéria conorária. Coube ao então auxiliar Alcir Portella comandar o Cruz-Maltino até a decisão do Campeonato Carioca.
TELÊ SANTANA (1996) – Anos após comandar uma era de ouro do São Paulo, Telê Santana viu um AVC isquêmico afastá-lo do futebol. Telê ainda ensaiou uma volta ao futebol no ano seguinte, em um acerto com o Palmeiras, mas as complicações causadas pela isquemia fizeram com que Telê se afastasse dos gramados.
Fonte: http://www.lance.com.br/flamengo/fortes-emocoes-problemas-saude-assustaram-varios-tecnicos.html
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