Gabriel se diz “patinho bonito” no Fla, e talismã Fernandinho sente leveza

O meia-atacante Gabriel vive uma trajetória de altos e baixos nestes quase quatro anos de Flamengo. No momento, está na ascendente. Autor do primeiro gol na vitória por 2 a 1 (veja acima) sobre a Ponte Preta, o camisa 17 foi titular nos últimos quatro jogos em que Zé Ricardo levou a equipe principal a campo. Questionados por torcida e críticos, ele e Fernandinho decidiram contra a Macaca. Seria a resposta dos “patinhos feios” do Rubro-Negro? Para Gabriel, não. Primeiro porque não se considera patinho feio e também em função de minimizar críticas.

– Deixo isso para quem quiser achar. Me acho um patinho bonito dentro do grupo. Acho que tenho importância grande como todos os outros. No futebol é assim: você ser criticado é normal. O cara que não quer ser criticado tem que parar de jogar. São opiniões diferentes, 40 milhões de torcedores. Tem que trabalhar que as oportunidades vão aparecer. Num dia é criticado, no outro elogiado. Tem que seguir em frente – afirmou.

No momento em que as oportunidades eram escassas, apareceu o Grêmio como interessado. Além de grande clube, o Tricolor tem em seu elenco o zagueiro Wallace, um dos melhores amigos do meia. Isso o seduziu? Sim, mas o baiano de 26 anos tinha a convicção de que logo seria aproveitado.

– O Flamengo conversou comigo, contava com meu futebol. Isso deixa o jogador tranquilo, saber que o clube conta com você. Sabia que ia pintar a oportunidade. É bom você ser lembrado, ninguém ia chegar e querer o Gabriel do nada. Mas muito bom também é ficar no Flamengo. Espero permanecer para ganhar o título no fim do ano, se possível.

Abaixar a cabeça ou esmorecer não é com Gabriel. No período em que amargou a reserva e pouco jogava, encontrou um motivo óbvio para se animar: o simples fato de defender o Flamengo.

– Acho que a motivação é jogar no Flamengo. Estar em um dos maiores clubes do mundo. Se o cara quiser motivação maior que isso, está de brincadeira né? Acho que tem que estar motivado sempre porque as oportunidades surgem, com frequência ou não. Claro que ficamos tristes por não jogar, mas respeitamos porque quem está jogando merece também. Assim nosso grupo vai crescendo.

Fernandinho “mais leve”

Se Fernandinho demorou quase cinco meses para marcar seu primeiro gol pelo Flamengo, nos últimos oito dias ele fez dois. Um classificou o time às oitavas de final da Sul-Americana diante do Figueirense (3×1). O outro trouxe o alívio contra a Ponte aos 44 minutos do segundo tempo (veja o da vitória sobre a Ponte acima). Agora talismã e livre da perseguição da torcida, tanto que Zé Ricardo foi aplaudido quando o chamou para substituir Everton na quarta-feira, o ponta-esquerda se diz à vontade.

– Você fica mais leve e natural. Gol dá tranquilidade e motiva ainda mais. As críticas acontecem, é natural do torcedor. Não conseguimos agradar a todo mundo. Mas o trabalho tem que ser feito com determinação e as coisas começam a fluir.

Fernandinho não é o único que, aos poucos, vai vencendo a desconfiança da torcida. Pará vive ótima fase e já superou o momento das constantes vaias. Gabriel é outro que começa a participar bem. E por quê? Segundo o atleta de 30 anos, a amizade do elenco e o comprometimento com as ideias de Zé Ricardo são os diferenciais para o resgate de determinados atletas.

– Eu sempre trabalhei e sei que as coisas acontecem de forma natural. Estava crendo que as coisas iam acontecer para mim, assim como para o Gabriel e o Pará A parceria e o companheirismo dentro de campo fazem muita diferença. Abraçamos a ideia do nosso comandante, o que é fundamental.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2016/09/gabriel-se-diz-patinho-bonito-no-fla-e-talisma-fernandinho-sente-leveza.html

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