Era um Flamengo todo modificado. Por causa da recente maratona e do jogo decisivo contra o Emelec, pela Libertadores, dos 11 titulares na derrota por 3 a 2 diante da Chapecoense, apenas Rodinei e Léo Duarte tinham iniciado o duelo anterior, contra a Ponte Preta.
O técnico Maurício Barbieri explicou que foi detectado desgaste e cansaço em boa parte do grupo e, por isso, decidiu junto com a comissão técnica não arriscar antes do duelo decisivo pela Libertadores.
Com a mudança drástica, a falta de ritmo e entrosamento ficaram evidentes e trouxeram problemas ao Flamengo. Custaram, inclusive, a perda da invencibilidade de Barbieri no comando do time. Além de perder a técnica de nomes como Lucas Paquetá, o time não assimilou bem as muitas mudanças.
Além disso, errou demais, principalmente no primeiro tempo. Juan e Trauco, por exemplo, tiveram falhas individuais em gols da Chapecoense. No lance em que o zagueiro errou, Barbieri reclamou da arbitragem por ter marcado pênalti bastante duvidoso de Jonas em Guilherme.
Defesa sem ritmo e desentrosada
O Flamengo desembarcou em Chapecó com a marca de seis jogos sem sofrer gols. Na Arena Condá, no entanto, atuou um sistema defensivo totalmente desentrosado e sem ritmo. Os laterais, Pará e Trauco, por exemplo, não eram titulares desde março. Marlos Moreno, por sua vez, só havia sido titular uma vez com a camisa do clube (na Taça Rio).
Trauco: duas assistências e falha na marcação
Titular em boa parte do ano passado, Trauco voltou a atuar 90 minutos. Ao lado de Juan, o setor esquerdo da defesa passou sufoco, sobretudo no primeiro tempo. Com marcação pesada da Chape pelo meio, o Flamengo sofria quando dava espaço nas pontas.
O lateral peruano sentiu a falta de ritmo, deu espaços para as subidas perigosas de Apodi – bem notável no lance do primeiro gol. No primeiro tempo, não tinha reforço defensivo de Jonas ou de Marlos, que não ajudou na marcação no setor.
Após ajustes no segundo tempo, no entanto, o espaço ficou um pouco mais seguro – Jean Lucas e Jonas o deram melhor cobertura. Se Trauco pouco conseguiu subir nos primeiros 45 minutos, na etapa final foi responsável pelos dois cruzamentos dos gols rubro-negros. Mostrou novamente sua habilidade apoiando, assim como sua fraqueza marcando. E foi isso que o fez perder a vaga para Renê.
Diego volta sem brilho
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