Diego Ribas fez o que se esperava dele na estreia com a camisa do Flamengo: tentou compensar com luta a falta de entrosamento, buscou o melhor posicionamento e cresceu no segundo tempo, com mais espaços.
Como articulador à frente das duas linhas de quatro e atrás do centroavante, foi preciso no gol que marcou. Acelerou o contragolpe, acionou Filipe Vizeu e foi para a área finalizar de cabeça o cruzamento preciso de Pará. É o que o Flamengo precisa de sua grande contratação na temporada para mudar de patamar.
O Diego decisivo na segunda etapa foi a cereja do bolo na vitória por 2 a 1 sobre o Grêmio no Mané Garrincha com muitos espaços vazios para um jogo com tal apelo e o gramado que segue ruim.
Mas não impediu a boa atuação coletiva do time rubro-negro na maior parte do tempo. Mesmo com a ausência de Willian Arão, suspenso, que Cuéllar não compensou.
O volante colombiano é bom tecnicamente, mas reforçou uma impressão de outras partidas: sem a bola tem fraca leitura de jogo. Erra botes, deixa um buraco às costas, se posiciona muito mal. Não por acaso, Márcio Araújo, mesmo com todas as ressalvas possíveis, é titular.
Ainda assim, o time priorizou o trabalho coletivo que fez Leandro Damião – o substituto de Guerrero, também suspenso – aparecer muito bem nos 60 minutos em que esteve em campo.
Movimentação interessante, trabalho de pivô, arriscando voleios e bicicletas na área. Inclusive a que foi às redes depois do toque no braço de Geromel em disputa com Rever. O árbitro Raphael Claus já havia apitado pênalti que o próprio centroavante cobrou bem.
O Grêmio não teve a intensidade de outros jogos. Muitos espaços entre os setores, pouca pressão no adversário com a bola. Mesmo com Douglas encontrando brechas às costas de Cuéllar, o jogo do time de Roger não fluía.
Só a necessidade pela desvantagem no placar tirou os visitantes da inércia. Mas Bolaños perdeu chance cristalina e permitiu o desarme de Pará. Só com a desconcentração do Fla logo após o gol de Diego o Grêmio foi às redes com Henrique Almeida no vacilo de Rever e tentou a pressão final.
Zé Ricardo acertou ao trocar Diego por Mancuello e, com Alan Patrick que substituira Gabriel, reteve a bola na frente e criou problemas para um Grêmio que tentou no abafa, porém sem muitas ideias.
Vitória do time que teve 53% de posse, finalizou 16 vezes, o dobro do rival. A evolução tática e na qualidade do elenco é visível. Falta oscilar menos e não depender tanto de sair na frente do placar para se manter competitivo.
Com Diego adaptado e aceso, o Flamengo fica mais forte para pensar grande no Brasileiro.
Fonte: André Rocha | UOL
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