Juan já desfrutava do prestígio compatível a quem marcou um dos gols na final da Copa do Brasil de 2006, que deu o título ao Flamengo diante do rival Vasco. Mas a conquista do Brasileiro de 2009, que interrompeu um jejum de 17 anos para o Rubro-Negro e em 2019 completa uma década, colocou o lateral-esquerdo num espaço especial da história do clube.
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— Foi grande, importante. O Flamengo queria muito a conquista. Sabíamos da importância que ela tinha. Todos daquele grupo ficaram muito mais respeitados dentro do clube, da profissão — disse Juan, hoje com 37 anos.
A dobradinha de laterais do Flamengo, formada por Juan e Léo Moura, marcou época. Relembrar 2009 traz um certo lamento por causa das lesões na temporada para Juan. No Brasileirão, ele jogou em 19 das 38 rodadas — ou seja, metade do campeonato — e fez um gol: abriu o placar do triunfo por 2 a 1 sobre o Vitória. Desde o Carioca, ele teve problemas médicos e chegou a fazer uma cirurgia no joelho.
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— Não foi o meu melhor momento na carreira. O torcedor muitas vezes passa batido por esse tipo de situação, de saber o quanto é difícil recuperar — disse Juan, que viu no substituto Everton dar conta do recado no período ausente.
No Flamengo de 2009, a união de jogadores de personalidade forte, em uma época muito mais conturbada do clube em termos políticos e financeiros, foi capaz de levar à taça. Dentro de campo, Juan conta que cada um sabia que precisava dar algo a mais para compensar a peculiaridade de ter Petkovic e Adriano.
— O grupo entendia isso taticamente. Cumprimos funções para eles. O grupo fazia eles jogarem e jogaram demais. Era um grupo muito dedicado, apesar da personalidade forte — comenta.
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