O Flamengo sempre teve grandes nomes na lateral direta em seus títulos brasileiros. De Toninho Baiano, passando por Leandro até chegar a Léo Moura, todos tiveram destaque nas campanhas que tornaram o clube hexacampeão.
Baiano fechou sua passagem pelo Rubro-Negro com o troféu de 1980. Marcado por ter deixado o Fluminense para acertar com o Flamengo e por um acidente de carro logo que chegou à Gávea, superou as críticas e jogou pelo clube em 241 partidas, marcando 23 gols. Nesse período, foi convocado para a seleção que disputou a Copa do Mundo de 1978, na Argentina.
Já Leandro foi um dos jogadores mais completos de sua geração. Com a camisa rubro-negra, atuou como zagueiro, lateral-esquerdo, volante, meia e atacante. Mas foi como lateral-direito que viveu o auge e foi campeão brasileiro com o Fla três vezes (80, 82 e 87). Para muitos, só está atrás de Zico em termos de idolatria, com seus 415 jogos e 14 gols.
Ele foi importante até quando, diagnosticado com grave artrose nos joelhos, passou a jogar na zaga. Deu espaço para outro nome que se consolidaria depois. Revelado pelo América, Jorginho disputou 188 partidas, fez sete gols e foi fundamental na conquista da Copa União de 1987.
— É um dos títulos mais importantes da minha carreira, embora não reconhecido pela CBF. Foi uma das melhores equipes em que tive chance de jogar. Dos 11 jogadores, só um não chegou à seleção principal — diz Jorginho, campeão com o Brasil da Copa de 1994, nos EUA: — Foram cinco anos de Flamengo e nunca fiquei no banco.
Já Charles Guerreiro se destacou pela entrega. Sobrava em termos físicos em 1992, ano em que ganhou o título brasileiro pelo Flamengo. Por ser um símbolo de garra em campo, com 246 jogos e três gols, era querido pela torcida.
— Tivemos dois laterais consagrados no futebol. Leandro e Jorginho. Tive a chance de jogar com eles — orgulha-se Charles: — Cheguei ao Flamengo como volante, mas teve a morte do irmão do Ailton, e o Luxemburgo me colocou de lateral-direito. Comecei bem e fiquei.
Léo Moura completa a lista. Eleito quatro vezes seguidas o melhor lateral-direito do Brasileiro e campeão em 2009, fez história com a camisa rubro-negra em mais dez anos e 519 jogos, com 47 gols. Daquele elenco vitorioso, era um dos mais queridos — o cabelo moicano foi bastante copiado pelas crianças.
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