Higor Neves destaca a importância da cobrança e ressalta que não há vitória com sabor de derrota

O jogo confuso entre Flamengo e Atlético-GO gerou divisão entre os torcedores. A atuação foi inconsistente, houve polêmicas de arbitragem e, no final, os três pontos foram conquistados. Surge então a dúvida: celebrar a vitória fora de casa ou lamentar o desempenho? Na minha perspectiva, a resposta é simples: nem uma coisa, nem outra… mas um pouco de ambas ao mesmo tempo.

Pela segunda vez, o Flamengo abriu o placar com um jogador a mais e acabou sofrendo o empate. Para piorar, permitiu chances claras para uma virada – que, por sorte, não se concretizou.

Isso também ocorreu no jogo contra o Millonarios (COL), na estreia da Libertadores. Naquela ocasião, a desculpa foi a altitude. E contra o Atlético-GO, qual seria a justificativa? O ar seco de Goiânia?

Tite possui um trabalho promissor, com todos os recursos necessários para alcançar feitos históricos. No entanto, é crucial que ele compreenda de uma vez por todas o que significa ser Flamengo.

Não é viável apenas administrar o jogo e ‘seguir em frente’ com a vantagem mínima de 1 a 0. Diante do cenário apresentado, o mínimo esperado era buscar o segundo gol para consolidar a liderança.

Apesar de não terem sido conquistados com a intensidade desejada pela torcida, três pontos sempre serão três pontos. Imaginem a equipe atuando de forma brilhante na 30ª rodada, disputando a liderança ponto a ponto. Quem se lembrará ou criticará essa atuação? Pelo contrário, será motivo de celebração.

O formato de pontos corridos reserva algumas peculiaridades interessantes, sendo uma delas a importância de pontuar – ou seja, vencer – mesmo em jogos onde a performance não é a ideal.

Compreendo e compartilho a frustração dos torcedores diante de uma atuação tão questionável, mas é fundamental não ignorar a história. E a recente história do Brasileirão nos mostra um Palmeiras bicampeão, conquistando vitórias apertadas contra equipes teoricamente mais fracas.

É inegável que não podemos aceitar que exibições como essa contra o Atlético-GO se tornem o padrão do time. No entanto, quando li que ‘o sabor era de derrota’, isso não pode ser interpretado dessa maneira.

É importante permitir-se celebrar. É fundamental permitir-se cobrar. Acima de tudo, é essencial ajudar o Flamengo a se fortalecer.

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Publicado em colunadofla.com

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