HORA DE OXIGENAR O ELENCO

"Vamos fazer negócios, com certeza. Temos de trazer jogadores certos. Essa equipe escreveu uma história sensacional, mas agora temos que escrever outra.", Jürgen Klopp, técnico do Liverpool em recente entrevista coletiva.

Meus amigos flamenguistas, esta frase do excepcional treinador alemão do Liverpool cabe perfeitamente ao Flamengo atual. Coincidentemente, o ano mágico do Liverpool é o mesmo que o nosso, 2019. Muitos daqueles jogadores que nos venceram no mundial já não estão mais no clube inglês, assim como no Flamengo também. Mas o Klopp já pensa em uma reformulação no elenco, ele quer jogadores novos, com ambições novas e com um gana de vencer mais títulos.

Vejo no Flamengo hoje um elenco de "barriga cheia", um elenco que pensa que pode vencer a aqualquer momento e acaba por se acomodar. Não vou entrar no mérito dos constantes erros da diretoria. Hoje o foco está no elenco em si. Existem jogadores que vieram após 2019 que já encerraram seu ciclo. David Luiz, Vidal, Marinho já cumpriram o que tinham que cumprir e não podem mais serem utilizados. Mas o Sampaoli ainda não entendeu a frase do Klopp.

Existem aqueles que são incógnitas como Bruno Henrique e Rodrigo Caio, não sabemos ainda como estão fisicamente e clinicamente, ainda podem ser utilizados e avaliar ao final do ano se continuam ou se farão parte da reformulação. Alguns que chegaram ainda não puderam mostrar algo porque até o momento nunca jogaram em um time minimamente organizado, na bagunça qualquer um vira pereba, então ainda merecem um crédito.

Temos garotos que estão pedindo passagem e precisam ter mais tempo em campo, não é admissível ver o Thiago Maia errar todo jogo e não ver o Igor Jesus ganhar uma chance no meio, ter que ver o Marinho em campo e não ver o Matheus Gonçalves, Matheus França e até mesmo um Werton ter alguns minuots em campo.

Esqueçam quem é o treinador, equeçam esquemas e modelos de jogo, reparem nas tomadas de decisões de alguns jogadores, na execução de algumas jogadas e principalmente no posicionamento de determinados jogadores. Fica nítido que os jogadores, em má fase, acabam por comprometer qualquer trabalho de qualquer treinador. Seja de JJ à Sampaoli, um escorregão ou um gol feito aos 48 minutos do segundo tempo, a conta sempre será exclusiva do treinador do Flamengo.

E como costumo dizer, existem casos e casos. Gabigol passa por um momento em que tem perdido muitos gols, mas ele sempre perdeu gols e fez muitos gols. Analisando as temporadas dele desde que chegou ao Flamengo, a melhor média de gols dele foi em 2021 e as piores são exatamente as de 2022 e este ano, justamente quando passou a jogar mais longe do gol.

Olhando ainda o mapa de calor do Gabigol em campo, ele passou a correr mais em campo em 22 e 23, vindo mais atrás para buscar a bola e percorrer uma distância maior para chegar na área. E aí faço uma pergunta aos amigos, será que não falta perna na hora de finalizar no gol? Será que não justifica o fato dele pedir para jogar mais próximo da área? Por que se nos anos em que jogava mais perto do gol a média era mais alta, e mais longe essa média caiu, a culpa é só dele, neste caso específico?

E outra pergunta, a falta de um psicólogo na Comissão Técnica não prejudica na recuperação de um jogador? Vamos lembrar que a última vez que tivemos este profissonal no clube em 2020.

Minha única certeza neste momento é que o Sampaoli precisa desapegar de jogadores que ele já trabalhou e precisa olhar mais para a base, até seu antecessor deu mais oportuidades para a base do que ele até o momento. Claro que não são nem 15 dias de trabalho e não dá para cobrar muito, mas já deu para perceber quem serve e quem não serve mais.

Saudações Rubro-Negras!

Fonte: null

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