Uma das lições passadas pelo futebol há longos e longos anos é a de que futebol não ganha jogo, e a vitória do Emelec sobre o Flamengo no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores foi só um dentre tantos outros exemplos. É montado em cima desse discurso que o time equatoriano chegou ao Rio de Janeiro para a partida de volta, que acontece na quarta-feira, no Maracanã. A humildade e a confiança caminham juntas.
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Um dos jogadores mais experientes do elenco, Quiñónez deu a receita para que o modesto Emelec possa eliminar o endinheirado Flamengo na briga por uma vaga nas quartas. Aos 33 anos, o meia com passagem pela seleção do Equador lembrou que os jogadores do adversário "não são extraterrestres".
Quiñonez, do Emelec, após o treino no CT do Fluminense — Foto: Tébaro Schmidt / GloboEsporte.com
– Nós sabemos de futebol, sabemos que a folha do Flamengo é bem mais alta que a do Emelec. Somos conscientes disso. Mas, dentro do campo, todos têm duas pernas, dois braços. Eles não são extraterrestres. Viemos com essa convicção de fazer uma grande partida. Temos um grande respeito ao Flamengo, que é um rival difícil com uma torcida incrível. Mas, em campo, são 11 contra 11 – tratou de ressaltar.
Dá para notar pelas palavras de Quiñónez o tamanho da cautela que o Emelec preserva para não montar em cima do resultado construído na ida, quando Caicedo e Godoy garantiram o placar de 2 a 0 em Guayaquil, mesmo jogando com um a menos quase durante o segundo tempo inteiro.
"Na primeira partida, ninguém apostava no Emelec. E surpreendemos. Temos um placar de 2 a 0, mas isso não nos ilude. Temos que entrar em campo e não pensar no 2 a 0. Vai ser 0 a 0, é jogo de igual para igual", afirmou o meia, recuperado da lesão muscular que o deixou fora do primeiro jogo.
60 mil? "Temos que ignorar o barulho"
O Flamengo confirmou nesta segunda-feira que todos os 60.500 ingressos colocados à venda para a partida contra o Emelec foram esgotados. Ou seja, o Maracanã estará lotado mais uma vez. O que fazer diante de tanta gente torcendo contra? Quiñónez tem a resposta.
– O Flamengo é a equipe que tem a maior torcida do Brasil, estamos conscientes disso. De resto, temos que ver a torcida do Flamengo, ignorar o barulho e nos concentrar no campo – resumiu o meia, que encerrou a entrevista voltando a falar de humildade.
– Nós viemos com muita humildade, isso sempre nos caracterizou. Somos uma equipe aguerrida. Se não vinha dando certo para nós no Brasil, a vida se trata de mudar a história. Estamos preparados para o que vier, treinamos duro. E repito: o Flamengo é um rival que merece muito respeito, mas, no campo, vamos fazer nosso trabalho, fazer as coisas bem. Temos o resultado de 2 a 0, mas temos que manter a humildade e jogar até o último minuto.
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