Classificado para as oitavas de final da Conmebol Libertadores 2019 onde terá o Emelec-EQU como adversário, o Flamengo vai pelo segundo ano consecutivo conseguindo afastar um fantasma que o vinha assolando na competição continental em participações recentes: o fato de, entre 2012 e 2017, não ter conseguido avançar sequer da fase de grupos.
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Ídolo da torcida rubro-negra, o zagueiro Ronaldo Angelim estava no clube carioca durante este período e lembra bem da dificuldade de se disputar uma Libertadores. Em entrevista exclusiva ao FOXSports.com.br, o defensor também opinou sobre o que a equipe precisará para ir mais longe na competição continental, que desde 1981 não é por eles conquistada.
“Não sei se falta bagagem internacional. A Libertadores é um campeonato muito difícil, eu disputei algumas e vi a dificuldade que é ganhar uma Libertadores. É lógico que agora o Flamengo também tem um elenco bastante qualificado, tem estrutura, está bem organizado, mas mesmo com tudo isso, não é uma competição fácil de ganhar não. É uma competição diferente, você tem que ter outro tipo de atitude para jogar a Libertadores”, começou falando o zagueiro.
Ainda segundo Angelim, pelo tipo de competição que é a Libertadores, o Flamengo muitas vezes encontrará dificuldades nela por conta da sua característica bastante ofensiva em campo. Para o defensor, a prioridade deve ser a marcação.
“Tem que priorizar muito a marcação, até porque os adversários são catimbeiros e o Flamengo tem um pouco de dificuldade quando joga a Libertadores, até pelas suas características, que é de atacar bastante. Mas estamos na torcida para que o Flamengo esse ano possa sair dessa fila, há muito tempo que não ganha a Libertadores”, prosseguiu.
Por último, o ex-zagueiro ainda opinou sobre a chegada de Jorge Jesus, que para ele, foi uma escolha acertada da diretoria rubro-negra. O técnico português, porém, precisará passar por um período de adaptação, o que demandará paciência da torcida e jogadores.
“O Flamengo foi atrás de um grande nome, um treinador com experiência internacional e, que queira ou não queira, vai passar muito respeito para os jogadores. Mas é lógico também que ele vai ter que passar por um período de adaptação. No futebol brasileiro a gente joga de uma forma diferente, mas torcemos para que ele possa fazer um grande trabalho e os jogadores possam entender a sua forma de trabalhar”
“Demora um pouco a adaptação. Até jogadores quando chegam também demoram um pouco. Você vê, o Cuéllar quando chegou, ficou até no banco e hoje consegue desenvolver o seu melhor. Eu acho que o Flamengo tem que dar tempo, independentemente de ser treinador ou jogador, tem que dar um tempo para a pessoa se adaptar. Tudo precisa de adaptação, então tem que ter paciência, é lógico que a gente sabe que a torcida do Flamengo é um pouco impaciente, mas isso tem que acontecer”, completou.
Crédito da foto: Alexandre Vidal/ Flamengo