Disputar (e ganhar) mais de uma taça na temporada era rotina nos dourados anos 80 do Flamengo. Com a equipe de Zé Ricardo em busca dos troféus do Brasileiro e da Sul-Americana, ídolos do passado apontam os caminhos para o grupo passar por cima da maratona de viagens e manter a confiança no alto nas duas competições.
O desafio desta quarta será o chileno Palestino, às 21h45, em Cariacica (ES), no jogo de volta das oitavas de final do torneio continental — na ida, o Flamengo venceu por 1 a 0. E o ex-atacante Júlio César Uri Geller vê como acertada a decisão de poupar peças-chaves na partida.
— Vejo como definido esse confronto, é hora de dar oportunidades. Não temos outro Diego no grupo, por exemplo. Então, preservar um jogador desses é fundamental. Estou confiante, acho que vamos tocar no céu este ano — diz Uri Geller.
Multicampeão com a camisa rubro-negra, o ex-meia Adílio diz que nada pode ser mais animador que a chance de dar mais de uma volta olímpica em dezembro. O eterno camisa 8 é contra priorizar um campeonato e afirma que o elenco tem de entender que as diferentes frentes representam caminhos de características distintas.
— Motivação é a palavra-chave numa hora dessas. Mas é importante ressaltar que a Sul-Americana é uma competição que pede que você defina logo a partida, enquanto o Brasileiro exige que se jogue mais com a cabeça. Estou vendo como algo possível ganhar os dois troféus — ensina Adílio.
E o segredo para as conquistas não se resume ao que acontece dentro das quatro linhas. Está também na capacidade de estabelecer um laço com a arquibancada. Com a autoridade de quem carrega o apelido de “artilheiro das decisões”, Nunes lembra que este casamento entre time e torcida resultou em belas páginas na história do clube.
— Todas as decisões que tivemos e ganhamos foram nesse estilo. O time está crescendo no momento certo — acredita ele.
Está nos pés dos comandados de Zé Ricardo reviver esses grandes dias.
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