A torcida do Flamengo lotou os bares da cidade ontem para ver o primeiro jogo da semifinal da Libertadores. E esse deslocamento em massa de rubro-negros, claro, já era previsto pelo Consulado do Grêmio no Rio: em vez de invadirem um boteco numa rua movimentada de Botafogo, como sempre fazem, os tricolores gaúchos decidiram se refugiar num lugar mais reservado, um clube no mesmo bairro.
O esquenta teve direito a churrasco, regado a muita cerveja. Para Jeferson Moreira e Fábio Dutra, atuais cônsules da torcida gremista na cidade, a precaução de mudar o endereço não afetou a festa.
— Moro no Rio há três anos e desde que vim morar aqui faço parte do Consulado — explica Fábio: — O que me deixa mais feliz nessa história é que consegui preencher o buraco de não poder ir ao estádio toda semana. Me reunir com os outros torcedores, para mim, é como estar na Arena. Não é só pela experiência de ver o jogo com os amigos que fiz desde que cheguei aqui. Nós realmente criamos um pedaço do Rio Grande do Sul aqui em Botafogo.
A cada vez que Everton Cebolinha e cia. pegavam na bola e criavam uma chance, os gritos dos cerca de 250 gremistas reunidos no clube — que iam da empolgação ao lamento, dependendo do desfecho da jogada — davam uma ideia do que os jogadores rubro-negros enfrentaram, em escala muito maior, diante da torcida rival em Porto Alegre.
A precaução dos tricolores gaúchos tinha uma explicação bem razoável. Não só nos bares de Botafogo, mas da cidade inteira, a massa rubro-negra podia ser vista, e ouvida, em peso, ontem à noite. E a impressão era de que todos voltaram para casa, se não totalmente satisfeitos, confiantes na vaga na final.
Para o jornalista Pedro Belford, acompanhar as partidas do Flamengo ao lado da namorada e dos amigos n um boteco de Botafogo já virou tradição. Ele considera que o plano de sócio-torcedor do clube é injusto e acredita que a experiência dos bares é menos estressante do que as arquibancadas do Maracanã.
— Não consegui ingresso para o jogo de volta, mas para mim é uma experiência até melhor. O clima no estádio é de muito fanatismo e gosto de torcer de maneira mais sossegada. Estar no Maracanã deixou de ser algo imprescindível — explica o rubro-negro, que já sonha com o bi da Libertadores: — Estou muito confiante no título depois desse empate com o Grêmio, quero mais essa taça do que a do Brasileiro. Consigo me lembrar bem de 2009, mas não era nascido em 81.
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