O calor que dominou a tarde de domingo no Rio de Janeiro reflete bem o que foi visto no gramado do Nilton Santos. Flamengo e Fluminense fizeram um clássico quente, digno dos velhos tempo e bom para quem gosta de bate-boca, confusão e cartões vermelhos. No fim, foi melhor que teve melhor pode de decisão: um gol no fim de Jhon Arias definiu a vitória por 1 a 0 para os tricolores pela quarta rodada da Taça Guanabara.
A análise da partida passa pela patética arbitragem, que perdeu o controle do jogo desde os primeiros minutos. O pênalti marcado a favor do Flamengo logo no início da partida, e posteriormente anulado pelo VAR, já mostrou que o apito estariam na mão das lideranças das equipes — Fred, Felipe Melo, Diego e Gabigol — e não da arbitragem.
Todos os citados anteriormente poderia ter sido expulsos em qualquer das confusões que se enfiaram durante a partida. E foram várias. Várias. O clima quente minou a partida. Aliado também a duas equipes que estão em construção e com muitas dificuldades.
O Flamengo de Paulo Sousa aparentou ter uma proposta, uma ideia clara, mas ainda carece de entrosamento. Sem Bruno Henrique, Diego não conseguiu repetir a intensidade do camisa 27 e por muitas vezes atrasava as jogadas. Gabigol e Arrascaeta, os melhores em campo, criaram as melhores. O camisa 9 chegou a ter um gol bem anulado na segunda etapa.
Já o Fluminense parecia em outro ritmo comparado aos jogos anteriores. Ligado, aguerrido e sem abaixar a cabeça para o adversário, disputava cada bola como se fosse a última. Faltava futebol, claro. Mas uma bola aérea mostrou o poder de decisão desta equipe: Jhon Arias recebeu cruzamento e cabeceou firme para abrir o placar. A terceira vitória seguida do Fluminense em Fla-Flus.
No fim, o resultado dá indícios óbvios. O Fluminense comemora, mas precisa evoluir até dia 22, quando enfrenta o Millonarios na pré-Libertadores. O Flamengo precisa corrigir erros até dia 20, quando pega o Atlético-MG na Supercopa.