José Boto discute o êxito de Jorge Jesus no Flamengo: ‘Não é suficiente apenas vencer’

A torcida rubro-negra jamais esquecerá a trajetória de Jorge Jesus no Flamengo. Ao chegar na metade de 2019, o treinador promoveu uma reformulação no elenco do Mais Querido e se destacou no cenário do futebol brasileiro. O atual diretor do Mengão, José Boto, elucidou os fatores que contribuíram para o êxito do comandante no Fla.

— Também trabalhei com ele no Benfica. Mas o Jesus foi realmente um fenômeno aqui. No curto período que esteve, diria que foi quase um Deus. Pelo que ele ganhou e pela forma como o fez. Foi um fenômeno de popularidade, das pessoas gostarem muito, mesmo muito dele. E, na minha perspectiva, isso tem a ver, como é óbvio, com os resultados que ele conseguiu. Um futebol também atrativo. Aqui no Flamengo não basta ganhar, é preciso ganhar, dominar e ter um futebol atrativo — afirmou, antes de concluir:

— Ele uniu essas coisas, e depois há também a personagem que todos conhecemos, aquilo que é o Jorge Jesus, a sua forma de ser. Ao contrário do que muitas vezes acontecia em Portugal, onde algumas pessoas tinham reticências quanto ao seu estilo, aqui essa forma de estar foi valorizada pelos adeptos. As pessoas viam-no como alguém diferente, com uma maneira particular de se expressar e de atuar. Ele realmente deixou uma marca e tem um reconhecimento aqui que não tem, por exemplo, em Portugal — finalizou Boto, em entrevista ao jornal ‘A Bola’.

Jorge Jesus se consolidou como um dos maiores treinadores da história do Flamengo. O português ingressou no Mais Querido em junho de 2019, após a demissão de Abel Braga. Durante sua gestão, o Mengão obteve cinco títulos, enquanto sofreu apenas quatro derrotas. Ademais, o time estabeleceu um recorde na era dos pontos corridos com 20 equipes no Brasileirão, alcançando 90 pontos, e encantou a América do Sul ao conquistar o título da Libertadores.

É importante ressaltar que José Boto já havia trabalhado com Jorge Jesus, o técnico emblemático do Flamengo. Naquela ocasião, os profissionais colaboraram no Benfica (POR) durante seis temporadas. O ‘Mister’ era o treinador da equipe, enquanto o dirigente liderava a área de ‘scouting’ do clube português.

Publicado em colunadofla.com