Landim revela legado no Flamengo e faz alerta que “pode destruir o clube rápido”

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Por: Leo José e Pedro Paulo Catonho

Presidente do Flamengo, Rodolfo Landim se reuniu com o grupo político ‘União Rubro-Negra’ na última segunda-feira (04). No encontro, o mandatário revelou o principal legado que pretende deixar no clube ao fim de 2024, quando deixará a pasta. Além disso, o cartola fez um alerta para o futuro: “Dependendo de quem vocês elegem como presidente, pode destruir o clube rápido, muito rápido”.

Uma das coisas que eu gostaria de deixar, pelo como legado ou para que as pessoas parassem para pensar dentro do Flamengo, é um pouco sobre o processo de governança e de tomada de decisão dentro do clube. Porque, se as pessoas por um lado dizem que o Flamengo está estruturado do jeito que está durante dez anos, que em 20 anos vai ser um clube dominante, é porque tem um entendimento zero de organização — disse Rodolfo Landim, em gravação obtida pela reportagem do Coluna do Fla.

Jornalista pode até entender alguma coisa de futebol, mas de gestão de empresa entende zero. Vai estar na mão de quem vocês elegerem como presidente do clube. Posso dizer para vocês que, dependendo de quem vocês elegem como presidente, pode destruir o clube rápido, muito rápido, mesmo tendo o orçamento que a gente conseguiu crescer para 1,3 bilhão por ano. Essa é uma mensagem importante — acrescentou Rodolfo Landim.

No encontro com o ‘União Rubro-Negra’, Rodolfo Landim falou de diversos temas e apresentou os pontos de vista para o futuro do clube. O grupo político, de aproximadamente 150 pessoas, ainda não tem lado definido para apoiar nas eleições em 2024. Então, o presidente tentou ‘puxar’ as votantes para o lado da situação.

Apesar disso, Rodolfo Landim ainda não definiu quem será o candidato à sucessão. No encontro de segunda-feira (04), o mandatário revelou que fará pesquisas internas para saber se lançaram Rodrigo Dunshee ou Luiz Eduardo Baptista, o BAP.

VEJA CRÍTICA DE LANDIM À ESTRUTURA ATUAL DE GOVERNANÇA DO FLAMENGO

“O Flamengo é uma associação desportiva sem fins lucrativos que tem um processo de governança estabelecido em seu estatuto em 1992. É um processo de governança complexo. Tem um Conselho Diretor, com vários membros, depois temos um Conselho de Administração, com cerca de 100 membros, e temos um Conselho Deliberativo com 2.600 pessoas (risos).

Ainda bem que não vão todos lá (nas reuniões de deliberação), porque senão não teria condição de todo mundo estar lá para deliberar sobre isso. Aí iria depender da decisão, do nível da decisão, do assunto.

É uma governança complexa e acho que muito longe, na minha percepção, da ideal, falando sinceramente para vocês (risos). Não sou dono do Flamengo, nem nada. Flamengo está assim há muito tempo e tal.

Na minha primeira discussão antes de falar de SAF, SAF é uma forma de estruturar e dizer o seguinte: “O Flamengo poderia estruturar todas as suas ações do futebol de uma forma distinta, com um outro tipo de governança, como uma sociedade anônima tem e, dessa forma, gerir o principal esporte do clube.

Historicamente, se a gente for ver, o Flamengo, por ter essa governança complexa, acaba tendo processo que é estranho. Se por um lado ele exige níveis de aprovação em algumas coisas no mais alto nível do Flamengo, que é seu Conselho Deliberativo, em outras, ele deixa, por uma necessidade real de mercado, na mão do presidente do clube.

Vou dar um exemplo típico para você: se amanhã eu quiser contratar o Arrascaeta, como contratei por 18 milhões de euros em contrato, que estava dentro da capacidade do Flamengo naquela época. Mas, se eu quiser contratar o Neymar, por 270 milhões de euros, pagando para ele uns 60 milhões de euros por ano, como é o que ele ganha, eu também contrato. Vou lá, assino contrato e contrato ele.

Se eu contratar o Neymar e contratar mais um Cristiano Ronaldo eu quebro o Flamengo, simplesmente quebro o Flamengo. Tenho poder para isso, o estatuto me dá poder para isso. [inaudível por 2 segundos] Se eu fosse ter que me submeter a um Conselho de administração do clube… Conselhos de administração têm sempre as suas. A probabilidade desse troço vazar (negociação por atleta) é 100%, certamente alguém vai vazar, e o processo é um processo concorrencial, com outros clubes participando do processo.

Então, para assumir o processo desse tamanho, o presidente tem total poder para fazer, mas se ele quiser vender um apartamento lá no Morro da Viúva, estimado em uns R$ 3,8 milhões, ele tem que ir para o Conselho Deliberativo”.

Fonte: https://colunadofla.com/2023/12/landim-revela-legado-no-flamengo-e-faz-alerta-que-pode-destruir-o-clube-rapido/

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