Atualmente, equipes com grandes dívidas, como Botafogo e Corinthians, estão gastando dinheiro sem se preocupar com suas finanças. Incomodados com essa situação, o Flamengo e o Palmeiras estão liderando um movimento para a implementação do fair play financeiro no futebol brasileiro. Em uma coletiva de imprensa na segunda-feira (23), a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, expressou sua indignação com a situação vivida no Brasileirão.
— ‘Já mencionei várias vezes. Ouvi dizer que houve um estudo na CBF, pronto para implementar o fair play financeiro, mas nada foi feito. Acho fundamental. É inaceitável que clubes que não pagam salários, não cumprem suas obrigações fiscais, continuem contratando jogadores e nada seja feito a respeito. Essa determinação deveria vir da CBF. Se esperarmos os clubes se organizarem, isso nunca vai acontecer, pois muitos clubes têm interesse em continuar assim, pensam apenas na conquista do próximo título’, disse Leila Pereira.
— ‘Se um clube quebra, não há problema. Sou mais radical. Acredito que o fair play financeiro é essencial, clubes que não pagam em dia deveriam ser impedidos de contratar e o presidente deveria se responsabilizar pessoalmente por suas irresponsabilidades. Somente dessa forma o futebol brasileiro teria jeito. Caso contrário, esperamos o clube quebrar, surgem essas Sociedades Anônimas de Futebol (SAFs), algumas delas nem tão confiáveis. É uma pena, pois o futebol é um produto maravilhoso’, acrescentou a presidente do Palmeiras.
No início de setembro, clubes como Flamengo, Fluminense, São Paulo, Fortaleza, Internacional, Vasco e Palmeiras, juntamente com equipes de divisões inferiores, se reuniram para discutir a implementação do fair play financeiro. A proposta é que os clubes sejam proibidos de gastar mais do que arrecadam anualmente.
— ‘Se tudo correr bem, se eu for reeleita presidente do Palmeiras, o tema do fair play será uma pauta que levarei aos clubes para discussão. É simplesmente injusto. O Palmeiras paga tudo em dia. Não atraso nem um dia o salário ou a imagem dos meus atletas e colaboradores. Desde que estou na presidência, nunca atrasei’, enfatizou Leila.
— ‘Se não fazemos contratações, é porque não temos condições financeiras para arcar com elas. Como podemos competir com um clube que não paga seus jogadores em dia, que paga salários mas não cumpre com os pagamentos de imagem, em igualdade de condições? Às vezes, um clube bem organizado fica para trás enquanto outro irresponsável avança. Isso não pode continuar. A CBF precisa intervir, precisa olhar para isso’, pediu Leila Palmeiras — concluiu a presidente do Palmeiras.
Com as finanças em ordem, o Flamengo entra em campo com o objetivo de alcançar o sucesso também dentro das quatro linhas. Nesta quinta-feira (26), o time de Tite enfrenta o Peñarol (URU), na volta das quartas de final da Libertadores. A partida está marcada para as 19h (horário de Brasília), em Montevidéu, no Uruguai.
Publicado em colunadofla.com
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